Morre o jornalista Afonso Gallindo, um dos maiores cineastas do Pará

O carioca foi o primeiro na organização festivais de cinema em Belém, ainda na década de 90 e um dos mais conceituados produtores audiovisuais do país

Rayanne Bulhões
fonte

O jornalista, publicitário e cineasta Afonso Gallindo morreu, na noite desta quarta-feira (11), aos 53 anos, por falência multipla dos órgãos. Ele lutava contra um linfoma, um segundo câncer, que atinge as células responsáveis por proteger o corpo de infecções. Ele estava internado no Hospital Porto Dias desde dezembro. 

Em 2021, Gallindo foi diagnósticado com câncer de pulmão. Chegou a fazer tratamento com auxílio de quimioterapia e ficou curado. Mas, no final do ano passado, foi descoberto o linfoma. Afonso sofreu uma queda em casa, devido à fragilidade do corpo, foi internado e teve complicações no hospital. Ainda não há informações sobre o velório. Gallindo morava no prédio Manoel Pinto da Silva, com a mãe.

“Afonso era uma pessoa ímpar e ele foi de uma coragem incrível diante da doença. Isso foi fundamental pra cada amigo a que esteve perto em todos os estágios do tratamento”, disse a Maria Christina, amiga há quase 30 anos de Gallindo.

VEJA MAIS

image Ismaelino Pinto recomenda três filmes gravados em Belém
Na semana do aniversário de 407 anos da Cidade das Mangueiras, o crítico apontou um clássico do cinema paraense e dois curtas premiados.

O jornalista era carioca, mas adotou o Pará desde muito pequeno quando os pais se mudaram para a capital. Trabalhava na Rádio e TV da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, mas a sua paixão era o cinema. Dedicou mais de 30 anos ao fortalecimento da produção local. Até ano passado era produtor audiovisual do Núcleo de Produção Cultural, do Instituto Idade Mídia. 

Galindo foi o primeiro na organização festivais de cinema em Belém, ainda na década de 90, e um dos mais conceituados produtores audivisuais do país. Outra amiga, a também Jornalista, Dani Franco relata a contribuição do jornalista para o cinema paraense. “O Afonso foi de longe a pessoa mais importante para o avanço do cinema do Pará. Em todas as conquistas ele tava lá. Ele nunca deixou de acreditar na cultura da cidade. Era intusiasmado, apaixonado pela vida, pelas pessoas e por Belém. Ele era essa pessoa que queria que a cidade desse certo. Um dos poucos que acreditava nas grandes produções locais”, lembra.

image Próximos lançamentos nos cinemas em 2023

Luta contra o câncer

Um grupo de amigos estive ao longo de quase dois anos ajudando no tratamento médico do jornalista, com doações de sangue, ajuda financeira e orações. Gallindo conseguiu vencer o primeiro câncer, mas, não teve tempo de iniciar um novo protocolo para combater o linfoma.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ