Morador de rua que teve corpo incendiado morre em Parauapebas

A suspeita da polícia militar é que o crime foi por motivos fúteis

Redação Integrada ORM

Morreu na manhã desta sexta-feira (26) Admilson Gomes de Anchieta, 36 anos, morador de rua do município de Parauapebas que foi vítima de um atentado covarde, sendo atacado com fogo e terminando com cerca de 95% de seu corpo queimado na madrugada de ontem (25). Ele foi transferido, por meio de uma aeronave, para um hospital da Região Metropolitana de Belém. De acordo com a Polícia Civil, a Seccional de Parauapebas está mobilizando esforços para tentar encontrar os responsáveis pelo homicídio.

Na quinta-feira (25), em entrevista ao O Liberal, o tenente-coronel Lélis, comandante do 23º Grupamento Bombeiro Militar, disse que uma unidade de resgate chegou ao local e se deparou com o homem com o corpo ainda em chamas. Ele foi socorrido pelos bombeiros, com a ajuda de moradores da região, e resgatado para o Hospital Municipal de Parauapebas. "Não temos informações sobre os autores do ataque, mas podemos dizer que ele foi banhado por um combustível, que parece ser gasolina, e em seguida teve o corpo incendiado", disse o tenente-coronel. O homem estava dormindo no momento do atentado, abrigado na calçada para fugir da chuva que caia na madrugada. A chuva inclusive pode ter ajudado a salvar a vida do homem, já que o fogo foi contido inclusive pela água que caia. 

O Tenente-coronel Wilson, comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Parauapebas, revelou hoje que já está sendo feito o monitoramento de suspeitos de participação no crime, mas que detalhes não podem ser revelados para não atrapalhar as investigações. "O que posso revelar é que estamos indo para cima, pois não podemos deixar um crime bárbaro desse impune. Posso apenas dizer que, pelo que apuramos, o motivação para essa atrocidade foi fútil", disse o comandante. Testemunhas contaram que uma motocicleta teria sido usada pelos criminosos na fuga, e essa informação foi registrada inclusive no boletim de ocorrência feito na 20ª Seccional de Polícia Civil em Parauapebas, que agora trabalha dá seguimento à investigação da lesão corporal grave contra Admilson, que acabou se tornando um homicídio doloso.

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