Ministério dos Direitos Humanos entrega novas embarcações ao Marajó e anuncia R$ 5 mi ao arquipélago
A entrega foi feita na quarta-feira (04) pela ministra MDHC, Macaé Evaristo, antes da 4ª Reunião do Fórum Permanente da Sociedade Civil do Marajó
Quatro lanchas doadas pela Itaipu Binacional foram entregues aos municípios de Chaves, Bagre, Gurupá e Muaná, no Arquipélago do Marajó, com apoio da Marinha do Brasil. A ação faz parte do Programa Cidadania Marajó, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). A entrega foi feita na quarta-feira (04) pela ministra MDHC, Macaé Evaristo, antes da 4ª Reunião do Fórum Permanente da Sociedade Civil do Marajó, realizada em Belém.
“Pensar a cidadania de crianças e adolescentes é pensar em tudo: desde o acesso à água, segurança alimentar, presença na escola e atenção integral à saúde”, diz Macaé Evaristo. “O nosso desafio não é pequeno”, afirmou. Em maio deste ano, a primeira embarcação chegou ao município de Ponta de Pedras.
A distribuição das lanchas seguiu critérios como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a distância entre o município do Marajó e Belém, a quantidade de crianças e adolescentes que ingressaram no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos e a taxa de mortalidade infantil. “Os veículos foram reformados e serão utilizados nas ações de implementação de políticas sociais dos municípios”, explica a coordenadora do Cidadania Marajó, Maia de Matos.
Destinação de recursos
Macaé Evaristo também anunciou que, com o apoio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o MDHC liberou R$ 5 milhões do Fundo Nacional da Criança e do Adolescente para que a Universidade Federal do Pará (UFPA) adquira novas unidades de lanchas que serão destinadas aos municípios que compõem o Arquipélago do Marajó. “Com o apoio da Universidade, a gente quer aumentar o número de embarcações destinadas ao trabalho dos Conselhos Tutelares”, declarou ao citar o programa Equipa DH+, do MDHC.
Participação social
Em seguida, na abertura da 4ª Reunião do Fórum Permanente da Sociedade Civil do Marajó, Macaé Evaristo defendeu que a proteção das infâncias passa pela criação de uma nova cultura institucional de respeito à dignidade humana. “As crianças não têm os seus direitos violados se, antes disso, muitos direitos não forem negados ao conjunto da população”, afirmou durante a abertura da 4ª reunião do Fórum Permanente da Sociedade Civil do Marajó. O evento ocorre até sexta-feira (6) em Belém (PA). “Foi a causa da infância, da violência e da exploração sexual contra crianças e adolescentes que nos fizeram chegar até aqui”, disse.
A ministra lembrou que é preciso pensar e estruturar políticas públicas que melhorem a vida da população do Arquipélago. “A gente precisa construir um país que enxergue a nossa pluralidade”, afirmou ao citar a defesa das mulheres, da família, da população idosa e das pessoas colocadas à margem da sociedade.
Para Macaé Evaristo, é preciso discutir questões como segurança alimentar e estabelecer uma aliança de combate à fome e à pobreza extrema. Dentro deste contexto, ela defendeu que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 – COP 30 que será realizada em Belém, em 2025, deve ser vista como uma “janela de oportunidades”. “Os investimentos precisam chegar nas comunidades e em cada um dos municípios aqui do Arquipélago de Marajó. A população mais empobrecida não pode ver apenas COP 30 escrito nos muros”, declarou.
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