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Minissérie empolga jogadores de xadrez no Pará

PRODÍGIO – Protagonismo feminino é visto por competidores como ponto alto da produção

João Thiago Dias
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O último trimestre de 2020 foi simbólico para os enxadristas, que se inspiraram e se sentiram representados pela história de “O Gambito da Rainha”, minissérie disponível desde 23 de outubro pela Netflix. A trama apresenta a personagem Beth Harmon (Anya TaylorJoy), uma órfã que se revela um prodígio do xadrez desde a infância. Após um mês do lançamento, 62 milhões de contas já tinham assistido a pelo menos dois minutos da temporada, o que fez com que o título se tornasse um dos mais populares da plataforma de streaming.

Na Região Metropolitana de Belém (RMB), jovens apaixonados por esse esporte, que também pode ser classificado como um jogo de tabuleiro de natureza recreativa ou competitiva, ficaram fascinados pela novidade e fizeram maratona dos sete episódios disponíveis. A estudante Darlane Brito, de 23 anos, de Belém, avaliou que a minissérie retratou com fidelidade as regras dos torneios. Ela ficou encantada ao ver uma mulher como grande jogadora. “O principal de tudo isso é a representação feminina nesse esporte. Xadrez quase sempre foi visto como um esporte para homens e de maioria masculina. Espero que a participação feminina aumente e que as pessoas percebam que as mulheres são tão capazes quanto os homens e que podem protagonizar campeonatos”, comenta a jovem, que joga tanto no tabuleiro presencial como nas partidas on-line, com pessoas de vários países.

COMPETIDORA

Darlane começou nesse esporte há 15 anos, na escola, por meio de um projeto. “Meu professor me disse que um dia eu poderia vir a representar o Pará e o Brasil em competições. Aquilo me animou muito”, destaca ela, que acabou concretizando a sugestão do docente. “Participei de muitos. Desde torneios abertos, em que qualquer pessoa pode jogar, até torneios de categoria e campeonatos municipais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais, que dependem de classificatórias”.

O universitário Thales Rodrigues, de 23 anos, de Marituba, também assistiu a todos os episódios de “O Gambito da Rainha” e elogia o exemplo de superação que foi retratado. “Muito interessante a forma como a personagem conheceu o xadrez. Como foi um caminho para ela superar as próprias dificuldades. Foi uma série muito celebrada entre nós, jogadores. Percebi aumento nos vídeos de tutorial, nos acessos a esses vídeos e nos cadastros nas plataformas do jogo on-line”, diz.

Ele começou no xadrez com 9 anos, quando ainda morava no Rio de Janeiro, onde nasceu. “Aprendi na terceira série, com uma colega. Na época, as escolas ensinavam xadrez. Comecei a ter fascínio pela complexidade”, lembrou. “Não é um esporte físico, mas sim mental. Requer disciplina, tranquilidade, paciência, calma e análises. Tudo isso podemos aplicar em outras situações da vida. É uma paixão! Acredito que a série vai inspirar futuras gerações”, afirma Thales.

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