Marabá: moradores do bairro do Jaderlândia sofrem com a falta d'água nas torneiras

O acesso à água de qualidade no bairro Jaderlândia tem sido motivo de desafio aos moradores, começando pela distribuição de água

Geciane Costa/ Especial para O Liberal
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O acesso à água de qualidade no bairro Jaderlândia tem sido motivo de desafio aos moradores, começando pela distribuição de água. Alguns lugares do bairro têm chamado a atenção: em algumas casas a água chega com abundância, mas em outras residências acontece a escassez. Ou seja, no mesmo bairro, há situações e problemas diversos. Os moradores afirmam que a má distribuição da água é algo recorrente e que alertam sempre aos responsáveis, mas nada é resolvido.

A água que os moradores recebem são de poços profundos. Através da canalização, a água chega às torneiras das residências de moradores por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Rondon do Pará. Atualmente, a responsável pela entidade, Maria de Lourdes Almeida, explica que o bairro possui três poços e que a água ainda passa por tratamento químico. Ela reforça que a água que chega no bairro fica armazenada no reservatório apoiado, chamado de RA. A captação é feita através desses poços canalizatórios, de 200 mil litros. Depois, é levada para distribuição que fica próximo à escola Lucíolo, local chamado de Endemias.

Essa é a mesma água que chega à casa de Andreia Alves, moradora do bairro, localizada na rua Olinda Silva Rocha, próximo poço de captação. Porém, todo esse processo realizado pelo SAAE não aparece nas torneiras. Segundo Andreia, a água chega suja e com mal cheiro. “É de dar nojo beber água. Ultimamente, compro água mineral para poder consumir”.

Além de questionar a qualidade da água, a moradora diz que o fornecimento também não é regular. “Lavar roupa é contar com a sorte”, diz. E complementa: “chega a ser um absurdo um morador passar de quatro a cinco dias sem água”.

Para o Joaquim Pinheiro, morador da rua José Fagundes, a má distribuição de água também atinge o bairro Miranda, que faz divisa com Jaderlândia. Na casa dele caía água todos os dias, agora cai dia sim, outro não, e ainda cai fraca.

Ana dos Santos, da rua Clemente Israel, relata que só recebe o talão de cobrança pelo serviço de abastecimento de água, mas não vê melhorias. “Para poder lavar roupa, eu fico sorteando a semana que cairá água”, conta a moradora. Ela relata que não bebe dessa água por conta do mal cheiro e da sujeira e que o gasto com água mineral é alto.

Segundo o SAAE, os resíduos encontrados na água são do fundo do poço de captação e, tendem a desaparecer com o fluxo do abastecimento. A diretoraMaria destaca, ainda, que, quando outros elementos são encontrados na água pode haver um vazamento na tubulação.

A chefe do SAAE menciona, também, que o reservatório que abastece a Jaderlândia também serve para distribuir água para os bairros Parque São José, Miranda e uma parte da rua Santo Antônio, que faz divisa com os bairros citados e que mais recursos para abastecimento devem ser liberados pela administração municipal.

Atualmente, o talão de água teve a tarifa aumentada. O valor que era pago pelos moradores da Jaderlandia de R$ 30,39 mudou para R$ 35,42, no início deste ano.  

 

(Geciane Costa, aluna da turma de 2020 de jornslismo da Unifesspa, com orientação do professor Antônio Ribeiro e edição da professora Janine Bargas)

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