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Lei que garante bengalas com cores pelo SUS é bem recebida por usuários

Medida deve facilitar o acesso e viabilizar a inclusão, avalia o público

Camila Guimarães
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Pessoas diretamente beneficiadas por nova Lei Federal, que determina que bengalas com cores serão fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a pessoas cegas ou com baixa visão, receberam a novidade positivamente, em Belém. Sancionada na última segunda-feira, 5, a nova lei tem 180 dias para entrar em vigor.

De acordo com o texto, as bengalas são divididas em três cores: branca, verde e branca e vermelha. A cor branca deve ser destinada às pessoas cegas. Usuários com baixa visão ou visão subnormal devem portar bengalas verdes, enquanto a vermelha e branca será reservada para pessoas surdas-cegas.

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Na percepção do professor Ronaldo Carvalho, que é cego e trabalha alfabetizando pessoas no Sistema Braille, a medida é positiva e deve colaborar para a conscientização sobre as diferentes condições de pessoas deficientes visuais:

"Isso é muito importante porque, primeiro, a bengala passa a identificar a pessoa, porque as pessoas acham que só existe o cego, mas existem vários tipos de deficiência. A partir dessa identificação, elas vão saber se é cego, baixa visão ou surdo cego", comenta.

Além do reconhecimento da condição do próximo, Ronaldo chama atenção para a necessidade de conhecimento das pessoas em geral a respeito do assunto:

"Não adianta só isso [a Lei] se não houver uma massificação de conhecimento, para que as pessoas saibam que existem as cores das bengalas, os que elas representam. A grande maioria das pessoas não sabem. As pessoas com baixa visão são muito questionadas, porque para os outros é como se elas fossem cegos, mas não é assim que funciona. Cada um tem suas particularidades e necessidades".

A partir dessa medida, a gente espera que essa comunidade passe a ser reconhecida, vista e mais importante, que se quebre a barreira do preconceito, em perceber reconhecer e ser solidário com essa comunidade que necessita de auxílio", conclui Ronaldo.

Em Belém, na Unidade Educacional Especializada José Álvares de Azevedo (UEES JAA), referência para para pessoas com deficiência visual no Pará, a diretora Lindalva Carvalho também comemora a nova lei:

"Esse acesso à bengala vem solidificar o processo de ação inclusiva e social, porque o material utilizado com pessoas deficientes visuais tem um custo alto e o público é, geralmente, de pessoas muito carentes", pontua. "Com certeza colabora muito com a interação social e a autonomia de ir e vir para a pessoa cega".

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