Laudo aponta causa da morte de jornalista paraense em Santa Catarina; familiares falam em homicídio
O corpo do jornalista Mayron Gouvêa foi encontrado preso em pedras de uma praia em Balneário Camboriú. O caso ainda vai ver investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina
O jornalista paraense Mayron Anderson Gouvêa de Souza, de 45 anos, morreu de asfixia por afogamento, segundo o laudo pericial da Polícia Científica de Santa Catarina apresentado à família da vítima na terça-feira (10), e divulgado hoje (11) para a imprensa. A informação é de parentes do comunicólogo, que morava em Belém quando trabalhou na TV Liberal.
Ele foi encontrado morto na praia alargada de Balneário Camboriú, no litoral catarinense, no último domingo (8). Segundo reportagem publicada pelo G1 Santa Catarina, a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú abriu um inquérito para investigar a possibilidade de homicídio, já que haviam relatos de uma confusão na área onde o corpo do jornalista foi encontrado. O delegado disse que testemunhas foram identificadas e seriam ouvidas a partir de terça (10).
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) afirmou, por meio de nota enviada à reportagem, que ainda vai investigar o caso para saber se a morte da vítima foi provocada por outra pessoa ou não. Apesar do laudo do IML, familiares de Mayron relataram que não descartam a possibilidade de homicídio.
Já pela tarde desta quarta-feira (11), a PCSC se manifestou confirmando que o laudo cadavérico constatou que a causa da morte de Mayron foi afogamento.
“A hipótese de homicídio não foi descartada, o laudo não fala nada sobre isso. Por outro lado, a gente não consegue muita informação com a polícia, a gente segue tentando contato para entender o que aconteceu. Porque, com as informações que a gente tem, a história toda ainda está muito vaga”, diz Paulo Henrique Gouvêa, afilhado de Mayron.
Transferência do corpo para Belém
Segundo Paulo Henrique Gouvêa, o corpo do jornalista deve ser transferido para Belém na próxima quinta-feira (12), sem previsão de horário de chegada à capital. As despesas do traslado foram assumidas por secretarias estaduais do Pará.
Sobre o caso
Mayron foi encontrado na manhã de domingo (8) por banhistas no Pontal Norte da Praia Central. Segundo o delegado Vicente Soares, o corpo estava preso em pedras. Havia ferimentos na testa e no nariz da vítima. Ao G1, a autoridade desse que aguardava o resultado da perícia para saber se os machucados foram causados pelas pedras ou algum outro fator.
"Tem informações de que houve uma confusão na região do deck na madrugada daquele dia. A gente está apurando se há relação com o corpo", afirmou o delegado ao G1.
Nas redes sociais, o Sindicato dos Jornalistas do Pará emitiu uma nota de pesar sobre a morte do profissional, formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), e exigiu "empenho das autoridades públicas para a completa elucidação das circunstâncias que envolvem a morte do nosso colega de trabalho".
"Mayron se formou em jornalismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), na turma de 1997, e teve passagens marcantes em diversos veículos de comunicação e assessorias de imprensa de Belém. Atualmente, atuava no mercado catarinense, onde estava residindo. Sua trágica partida deixou tristes todas e todos que o conheciam, já que se destacava pela alegria, bom humor, gentileza e era um grande profissional. Desde que foi informado do falecimento, o Sinjor-PA manteve contato com familiares e articulou, junto ao Governo do Estado, o traslado do corpo do jornalista", diz um trecho da nota.
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