Funcionários da UFPA paralisarão atividades em ato nesta sexta-feira (26)
Campus Guamá terá portões fechados e passeata pela valorização das universidades públicas
Os funcionários técnicos e administrativos da Universidade Federal do Pará paralisarão as atividades nesta sexta-feira (26) na instituição. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria, realizada no Hall da Reitoria da UFPA na última quarta (24).
No ato, os servidores prometem manter os portões da universidade fechados por todo o dia. O ato é parte de uma agenda de mobilização em defesa da democracia e das universidades públicas, confirmou no início desta tarde o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos e Administrativos da UFPA (Sindtifes), por meio de Camila Oliveira, secretária geral do sindicato, ouvida pela redação integrada ORM.
A agenda do ato público prevê que os portões da UFPA sejam cerrados às 7h. Às 8h, uma passeata pelo bairro do Guamá está sendo convocada, após concentração de alunos, professores e funcionários no segundo portão do Campus Básico da universidade, na avenida Perimetral.
Até o início da tarde a assessoria de comunicação da UFPA não confirmou se as aulas estarão suspensas ou não no campus do Guamá e demais campi da universidade em Belém e interior, por conta da paralisação decidida pelos servidores.
A redação integrada ORM também aguarda nota da instituição sobre a manutenção de serviços básicos, como os dos atendimentos em hospitais universitários, e sobre a manutenção de atividades de pesquisa.
Nesta quinta-feira (25), atos e programações ligados a estudantes e professores de vários cursos também aderem ao movimento em defesa das universidades. Às 15h e 17h, da tarde desta quinta, atos culturais e mobilizações estão sendo programados para o Comércio e Ver-o-Peso. Às 16h, no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA, no Campus Profissional do Guamá, a mesa redonda "Em defesa da democracia! Ditadura nunca mais!", com Zélia Amador, Leila Mourão, Pere Petit, Roberto Corrêa e Zuleide Ximenes, abrirá o lançamento do livro "Utopia e Repressão: 1968 no Brasil", organizado por Paulo Nunes, Pere Petit e Reinaldo Lohn.
Aulas
Procurada pela nossa redação, a Associação de Docentes da
UFPA (Adufpa), seção sindical ligada ao Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), informou nesta tarde que não houve assembleia dos professores da UFPA para deliberar paralisação da
categoria para esta sexta. Porém, a entidade declarou "todo apoio às
paralisações deliberadas pelos funcionários técnicos e administrativos da UFPA,
bem como aos alunos da instituição, que já decidiram parar suas atividades
nesta sexta-feira em assembleias anteriores".
Segundo a assessoria da Adufpa, "se não haverá
condições de termos aulas, já que não teremos pessoal para abrir as salas e
portões da universidade, tampouco será possível que as atividades sejam
mantidas". A Adufpa citou ainda que os professores respeitam também as
decisões de alunos ligados a vários cursos de graduação e programas de
pós-graduação da instituição que já declararam apoio ao dia de paralisação,
citando os cursos de Direito, Comunicação, Psicologia, Serviço Social,
História, Terapia Ocupacional e outros. "A Adufpa vai apoiar a mobilização".
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