Família denuncia problemas no atendimento de paciente com AVC na UPA do Icuí em Ananindeua
Douglas Hailton de Souza, de 41 anos, foi internado com um caso grave de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

A família de um paciente da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Icuí-Guajará, em Ananindeua, reclamaram do atendimento e de uma possível tentativa de coação na manhã da última quarta-feira (19/03). Os familiares de Douglas Hailton de Souza, de 41 anos, que sofreu Acidente Vascular Cerebral (AVC), divulgaram vídeo nas redes sociais denunciando que a unidade não possuía condições de atender o grave caso dele. Ao tentar conseguir a transferência para Belém, uma assistente social da UPA teria ameaçado chamar a Guarda Municipal.
A sobrinha do paciente Danielle Costa gravou um vídeo em frente a unidade denunciando que a família tentava a transferência para Belém, mas foram ameaçados. “Estou gravando em frente a UPA do Icuí, onde meu tio está internado na sala vermelho. Ele teve um AVC na parte da manhã. Ele foi para a UPA do II (Cidade Nova II) e nem receberam ele. Mandaram para a UPA do Icuí. O quadro dele é bem grave. Ele está em coma, intubado, e eles não queriam dar posicionamento para a gente, somente às 4 da tarde”, detalhou Danielle.
Ela detalhou que as condições da UPA já são conhecidas e comprometem o atendimento dos pacientes, principalmente nos casos mais graves. A família reclamou que o atendimento de Douglas demorou muito, mesmo o caso dele se tratando de algo gravíssimo.
“Eu vim e tive uma conversa com eles. A gente tinha como transferir ele para Belém, mas eles não queriam liberar o protocolo para poder mandar para a rede de saúde de Belém. Diante da conversa que tive com a assistente social, eles liberaram em 20 minutos, porque eu dei um prazo para ela. Eles liberaram, mas foi na base da pressão, eles até ameaçaram ligar para a Guarda Municipal para nos coagir. A família está toda aqui, estamos aqui na frente. Isso para a gente não falar nada, não fazer nenhuma confusão, mas a gente estava fazendo porque é um direito nosso. A gente sabe que UPA não tem recursos. Eu já passei por várias situações na UPA que ficou como negligência”, declarou Danielle.
A redação integrada do Grupo Liberal solicitou respostas sobre as denúncias para a Prefeitura Municipal de Ananindeua (PMA) e para a Prefeitura Municipal de Belém (PMB) sobre a transferência do paciente e o atendimento. O espaço segue aberto para posicionamento dos órgãos competentes.
RELEMBRE - Essa não é a primeira vez que pacientes reclamam do atendimento da UPA do Icuí, em Ananindeua. Na última sexta-feira (14/03), outro vídeo que circulou pelas redes sociais mostrou uma mulher desesperada e revoltada ao buscar atendimento para a irmã na UPA. A irmã apresentava um quadro de hemorragia.
Na gravação, a mulher denuncia não apenas a falta de estrutura e assistência na unidade de saúde, mas também o deboche de uma funcionária, que teria rido da sua situação de desespero.
“A minha irmã está quase para morrer e ela [a funcionária] vem rir na minha cara? Eu estou indignada. Não tem uma fralda aqui. Não tem nada. Está uma bagunça”, desabafa a mulher, chorando na ocasião. Agentes da Guarda Municipal intervieram e pediram que a denunciante se acalmar. A mulher inconformada preferiu deixar o local do que esperar a assistência médica.
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