Eleições são novo gatilho para fobias e merecem atenção

Palestra debate à tarde na UFPA como o clima de medo afeta pessoas

Redação Integrada ORM
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Psicólogos têm atendido mais pessoas com medo por conta do clima eleitoral. São pacientes que não estão saindo de casa, e que estão com traumas passados voltando à tona. E não há bandeira também para o medo: ele toma conta tanto de gays, que têm temores de serem mortos ou que estão assumindo a sexualidade, a até aos mais conservadores, que por sua vez estão com medo de perder a casa própria por causa do que grupos políticos dizem ser uma ameaça de "avanço do comunismo". 

Sobre essas novas manifestações de pânicos reais, que afetam profundamente a vida das pessoas, terapeutas estarão debatendo esta sexta (19), em palestra que trata do tema a partir das 14h, no campus básico da Universidade Federal do Pará, no Guamá, em Belém.


A psicanalista Lia Navegantes fará a palestra "Manter-se em tempo de crise - repercussões do debate eleitoral sobre o sujeito", em auditório do prédio Mirante do Rio. A programação é mediada por Fernando Maués, professor do Instituto de Letras e Comunicação da UFPA (ILC).  

MEDO CRESCE 

Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o medo da violência chegou ao nível mais alto entre brasileiros em 2017: 68% disseram se sentir inseguros em andar à noite na sua vizinhança, diz a pesquisa Percepções da Crise, publicada na última quarta (17).

Os dados comparam, ainda a evolução da percepção dos brasileiros em relação a outros 124 países. O Brasil já é o segundo no ranking com populações com maior medo de violência em 2017. O primeiro é o Afeganistão, com 79%.

Segundo a FGV, os brasileiros vivem uma sensação de insegurança duas vezes maior ao restante do mundo. A taxa mundial é de 30%. O País tem percepção da violência similar à dos sul-africanos.

Apesar dos estudos apontarem uma sensação de insegurança de 59% no início da série das pesquisas, em 2010, a FGV verificou um salto entre 2012 (53%) e 2013 (65%). O  estudo foi coordenado por Marcelo Neri, diretor do FGV Social.

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