É Pará Isso: Festribal, a batalha entre tribos em forma de arte
Os bastidores de Juruti na véspera do Festribal foram contadas por Fábio Barbosa, embaixador do projeto É Pará Isso
O último final de semana de julho causa frisson na cidade de Juruti, no extremo Oeste do Pará. É quando, há quase 30 anos, as tribos Munduruku e Muirapinima se enfrentam. Mas a batalha não envolve luta, mas sim arte: a cada ano as agremiações contam uma história através de alegorias em uma apresentação cênica que usa dança, música, teatro e muitas cores. Fábio Barbosa (@fabiobarbosafb) mostra o festival que faz Juruti parar.
Vermelho e amarelo contra vermelho e azul. Ou respectivamente Munduruku contra Muirapinima, duelo que se repete desde 1995 e divide a cidade de Juruti, mas por uma boa causa. O Festribal, que neste ano teve o tema “Reencontro dos Povos”, dura quatro dias. E o reencontro é porque nos últimos dois anos não houve evento devido à Pandemia de Covid 19.
A saudade era grande. Também pudera: no Festribal a interação da torcida com as tribos é um quesito avaliado pelos jurados, então a torcida pode ganhar o jogo. Neste ano os Munduruku trazem o tema “Povos Originários, herdeiros da Terra-Floresta”, em uma evidente homenagem aos povos indígenas, que têm papel fundamental na manutenção da floresta em pé. Já os Muirapinima levam para a quadra o tema “Liberdade”, que celebra lendas, rituais e crenças de quatro tribos - e a liberdade de honrar estas tradições.
Mas antes de aproveitar esta linda disputa, o visitante pode conhecer Juruti com passeios tradicionais pela cidade, como uma volta na Praça da República e uma dose do leite de onça em uma mercearia histórica que fica na Marechal Rondon. E para refrescar, um banho no lago do Piranha, que apesar do nome é perfeito para banhistas.
Os bastidores de Juruti na véspera do Festribal foram contadas por Fábio Barbosa (@fabiobarbosafb). Ele foi um dos seis selecionados do projeto "É Pará Isso", desenvolvido pelo Grupo O Liberal e Meta (Facebook/Instagram) e com apoio do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner).
Durante os meses de junho e julho, seis produtores de conteúdo mostraram em vídeos o potencial cultural, turístico e histórias de diferentes regiões do Estado. As produções foram divulgadas nas redes sociais de O Liberal (@oliberal) e estão disponíveis em OLiberal.com/e-para-isso.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA