É Pará Isso: A combinação de beleza e simplicidade que dão um tom único ao Xote Bragantino

Larissa Corrêa (@flordelari) nos conta um pouco mais sobre as origens e adaptações que este ritmo recebeu com o som das rabecas artesanais

Alan Bordallo / Especial para O Liberal
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Música e dança são algumas das expressões artísticas que fazem de Bragança um município de cultura rica e particular na região do Salgado paraense. E dentro deste universo, o xote bragantino, incrementado pelo som das rabecas artesanais, tem um espaço todo especial. Larissa Corrêa (@flordelari) nos conta um pouco mais sobre as origens e adaptações que este ritmo, que vem de longe, passou até cair nas graças dos bragantinos e embalar os festejos de épocas variadas do ano.

Quem ouve o xote, e naturalmente se deixa balançar pela malemolência do ritmo, dificilmente imagina que o ritmo veio importado da Europa – é derivado da palavra alemã “schottisch”, traduzida como “escocesa”. Fato é que sua adaptação no Brasil foi plena, e em Bragança este ritmo ganhou um “caqueado” a mais: a rabeca. Esta espécie de violino artesanal se tornou um símbolo do xote bragantino, sendo usada para solar nas partes importantes das músicas. A identificação foi tanta que a rabeca é chamada de “violino bragantino”.

Na histórica cidade do Salgado Paraense, o xote embala festividades diversas. É comum durante a quadra junina e a Marujada de São Benedito, por exemplo, mas também se faz presente nas festas familiares ou reuniões de amigos. O ritmo é tão celebrado na cidade que ganhou até um lugar especial: a Casa do Xote, local especial no Festival Junino, que se torna o “templo sagrado” para os dançarinos como Julius Silva. “Venho introduzindo o xote na minha rotina de bailarino e coréografo desde que me tornei Marujo, em 2017”, diz ele.

Ao adaptar o ritmo, os escravizados que fundaram a Irmandade de São Benedito incrementaram o xote com a rabeca. O instrumento se tornou um símbolo do xote bragantino, e esta tradição é mantida por pessoas como Gênesis Santos, que fabrica o instrumento e ensina jovens a tocar. “É um instrumento importante, que sola os temas principais da Marujada, como Retumbão, Chorado, Valsas e outros”, diz.

A beleza, simplicidade e particularidades do Xote Bragantino foram trazidos por Larissa Corrêa (@flordelari) em sua aparição mais recente no É Pará Isso. Ela é uma das seis selecionadas do projeto "É Pará Isso", desenvolvido pelo Grupo O Liberal e Meta (Facebook/Instagram) e com apoio do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner).

Durante os meses de junho e julho, seis produtores de conteúdo vão mostrar em vídeos o potencial cultural, turístico e histórias de diferentes regiões do Estado. As produções são divulgadas nas redes sociais de O Liberal (@oliberal) e estão disponíveis em OLiberal.com/e-para-isso.

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