Doar sangue não abaixa imunidade, explica o Hemopa
Diante da queda significativa na doação de sangue devido ao coronavírus, Fundação esclarece que medida não compromete a saúde.
Doar sangue não baixa a imunidade da pessoa e não há o risco de contrair o coronavírus (covid-19). A informação, que é de utilidade pública, é da gerente da triagem clínica de doadores da Fundação Hemopa, Luciana Miranda. Nas últimas duas semanas, houve uma queda significativa na doação de sangue. "Já sentimos uma demanda diminuída por conta do coronavírus. É que muitas pessoas estão achando que não podem doar sangue, porque vão ficar com a imunidade comprometida e, assim, suscetível a essa infecção. E isso não é verdade.
Precisamos realmente que as pessoas em bom estado de saúde venham efetuar doações para não termos baixa e chegar até a uma situação de a gente não poder atender quem está precisando desse sangue. Não existe a questão de doar sangue e baixar a imunidade. A reposição dessas células de doação ocorre em 24 horas. O que o candidato à doação precisa estar é em bom estado de saúde. Não há como adquirir a doença pela doação e nem vai baixar a imunidade a ponto de potencializar ele para a infecção pelo vírus", explicou.
Antes da confirmação do primeiro caso no Pará, o que ocorreu na tarde de quarta-feira. 18, o Hemopa já vinha adotando essas medidas de prevenção. "Nós trabalhamos com uma demanda espontânea - quem vem doar sangue no nosso hemocentro. Também no posto de coleta Pátio Belém, no Castanheira e a unidade móvel que também está nas campanhas externas. O nosso servidor está trabalhando com protocolos de biossegurança - ele está usando máscaras. Estamos intensificando as campanhas de higienização das mãos. E tirando as dúvidas do servidor. E isso se estende aos candidatos à doação. O candidato chega aqui, nós já oferecíamos, e agora muito mais, a questão do álcool gel, a higienização das mãos. Se ele tiver sintomas respiratórios, ele também vai usar uma máscara cirúrgica.
Estamos fazendo a abertura das janelas, para não ter aglomeração na sala de espera. As cadeiras onde eles aguardam a gente tá fazendo uma distância de uma cadeira sim, cadeira não, com um intervalo de um para o outro. E, no tempo de espera entre o cadastro e a doação, está tendo palestras. Temos também espalhado os nossos cartazes sobre medidas de prevenção e higiene no combate ao coronavírus", acrescentou.
Luciana Miranda também disse que serviço social do Hemopa está com um 0800, em que a equipe liga para essas pessoas e faz o agendamento da doação. Isso vale para a pessoa que não quer ficar muito tempo espera para doar ou não quer ter contato com muitos doadores. Esse 0800 ainda não está sendo divulgado, pois é uma medida nova, que ainda está em elaboração. Ela explicou que também é feita a triagem clínica do candidato à doação. "Será avaliado o estado geral de saúde dele.
É avaliado para saber se tem condições de efetivar essa doação. Se ele não for apto, ele vai ter um período de recusa colocado por esse triador. E o entendimento de o por que dele não poder doar. E quando ele pode voltar a doar. "Esses dias (de duas semanas para cá) a gente não estava conseguindo coletar quase nada. Houve uma queda significativa. Campanhas externas foram canceladas, por causa do medo das pessoas adoecerem por causa da doação de sangue. Os parceiros do Hemopa cancelaram essas campanhas. E tivemos uma parceria emergencial da Marinha para estar abastecendo o nosso banco (de sangue), pois a gente já estava com uma demanda diminuída", disse. Muitos militares da Marinha estiveram no Hemopa na manhã da última quinta-feira, 19.
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