Diretório Central de Estudantes defende novas eleições na UEPA após destituição de reitor e do vice

Para entidade, estatuto da universidade deve ser seguido, com interino pro tempore no cargo e novo pleito em 90 dias

Dilson Pimentel
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O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) defende a realização de novas eleições para os cargos de reitor e vice-reitor da instituição, mas também a manutenção autonomia universitária, após a recente destituição da admistração da universidade. É o que afirmou, nesta quinta-feira (15), a coordenadora geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Uepa, Bianca Mesquita.

O posicionamento foi tomado após a Justiça do Pará anular a eleição para reitor e vice-reitor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), destituindo de seus cargos o reitor,  professor Rubens Cardoso, eleito para o quadriênio 2017-2021, bem como seu vice-reitor, o professor Clay Anderson Chagas. A decisão foi tornada pública na terça (13).

Além de destituir reitor e vice do cargo, a Justiça determinou ainda a realização de nova eleição para o período 2017-2021. A decisão é do juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública de Belém.

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“A nossa posição é que, qualquer pessoa que tenha sido julgada e considerada culpada por qualquer crime, que ela responda por isso. No caso do professor Rubens Cardoso, a acusação é que, na época em que era candidato, ele não atendeu alguns critérios do edital. Se ele foi considerado culpado, então que se cumpra o que diz no artigo 24 do Estatuto da Universidade, que, em caso de vacância dos cargos, o reitor e o vice-reitor, o Conselho Universitário escolhe um pro tempore e, em 90 dias, é feita uma nova eleição”, afirmou ela, que é estudante de Ciências Sociais  do 5º semestre.

“A gente sabe que ele tem a possibilidade de recorrer. Mas, caso a sentença tenha que ser cumprida imediatamente, a gente pede que a autonomia universitária seja respeitada. Que a comunidade acadêmica da Uepa tenha o direito  de escolher seus representantes. Ou seja: não vamos aceitar interventores vindos do governo do Estado. Nossa posição é essa: a gente defende novas eleições e defende a autonomia universitária”, completou.

“Qualquer pessoa que tenha sido julgada e considerada culpada por qualquer crime deve responder por isso. Se o Rubens Cardoso foi considerado culpado, então que se cumpra o que diz no artigo 24 do Estatuto, que, em caso de vacância dos cargos, o reitor e o vice-reitor, o Conselho Universitário escolhe um pro tempore, e nova eleição”, diz Bianca Mesquita, do DCE da Uepa 

Uepa diz que recorre contra sentença


A redação integrada de O Liberal entrou em contato com a administração da universidade para comentar a decisão da Justiça, que destituiu do cargo o professor Rubens Cardoso, eleito reitor da Uepa para o quadriênio 2017-2021, e seu vice-reitor, o professor Clay Anderson Chagas.

Em nota divulgada no final da amanhã desta quinta (15), a Universidade do Estado do Pará (Uepa) informou que "já foi notificada da decisão e que a procuradoria da universidade já está tomando as medidas cabíveis para recorrer da sentença".

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