Dia dos Finados leva multidão para os cemitérios em Santarém
Muitos visitantes não respeitaram o controle sanitário do uso da máscara e distanciamento.

Os dois cemitérios centrais de Santarém abriram as portas neste dia dos finados, 2 de novembro, para que as pessoas que mantêm a tradição de visitar as sepulturas nesta data simbólica pudessem fazer as homenagens aos entes queridos. Ano passado a visitação foi realizada com restituição de público. A maior movimentação de pessoas aconteceu no período da manhã, onde houve aglomeração.
No local foi possível observar que não houve fiscalização para as pessoas que circulavam sem máscara e sem obedecer ao distanciamento social, medidas de proteção estabelecida pelo decreto municipal, que ainda está em vigência. O cemitério de Nossa Senhora dos Mártires e São João Batista são os mais antigos da cidade e estão localizados na área central do município, um do lado do outro, divididos apenas por uma avenida.
Os espaços têm mais de mil sepulturas e mesmo sabendo da estimativa alta do público, a administração dos cemitérios não disponibilizou nenhum colaborador na portaria para fiscalizar e/ou orientar sobre as medidas obrigatórias de segurança à saúde.
Nas vésperas do Dia dos Finados o administrador dos cemitérios, Abraão Rocha, informou a equipe de Redação Integrada de O Liberal que a estimativa de visitantes era de mais de 4 mil pessoas, já prevendo o alto número de pessoas.
Mesmo diante da aglomeração, belas homenagens foram realizadas, como a do servidor público Glauco Costa que levou flores para mãe que morreu há cinco anos.” A família vem sempre no Dia Dos Finados e em datas comemorativas. Nós fizemos questão de dividir os horários de visita para não ficar muita gente junto, todos com a orientação de usar a máscara”, falou.
Josué Silva contou que está indo pela primeira vez no cemitério no feriado dos finados para prestar tributos ao avô e mãe. Ele afirma que não esperava ver tanta gente. “Esse momento é de muita dor. É a primeira vez que venho, não é fácil”, disse com a voz embargada.
Com a foto da sobrinha falecida estampada na camisa e o coração cheio de saudades, Elcineia Santos falou o quanto preza por ir até a sepultura e manifestar o sentimento diante da perda familiar.
“Todo ano a gente vem, a decoração do túmulo tem as coisinhas que ela gostava. Pode passar uma vida, mas o sentimento de dor e saudade não acaba. Ela era como uma filha, já faz nove anos, mas a dor não cicatriza”, finalizou.
Renda extra
A movimentação animou os vendedores ambulantes dos dois cemitérios e foi considerado pelos que levaram itens sepulcrais uma boa renda extra para o início de novamente. Entre os itens mais vendidos estão as velas e flores.
Eliomar Campos afirmou que o movimento foi excelente. “Vendemos bastante velas, as flores também tiveram bem procura. Estamos felizes!”, afirmou.
Equipes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos (Semurb) realizaram fiscalizações para garantir o espaço de venda e circulação das pessoas.
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