Romeiros de Castanhal caminham em direção à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém

Saída dos romeiros marca o início das festividades do Círio de Nazaré em Castanhal, no nordeste paraense

Patrícia Baía

Para a comunidade católica de Castanhal, no nordeste do estado, a quarta feira (05) amanheceu diferente. O dia marca a saída dos grupos de romeiros que caminham até a Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré.

image De Castanhal até Belém foram montados sete postos de apoio e acolhida, pela Defesa Civil do estado e de Castanhal. Um desses pontos é na orla da vila do Apeú. Os voluntários realizam massagem e fazem curativos nos pés dos romeiros que param para descansar. (Patrícia Baía / Especial para O Liberal)

Antes da partida, os devotos de Nossa Senhora se concentraram na frente da igreja Matriz para assistir à cerimônia da troca do manto da imagem que os acompanha em um dos carros de apoio.

“Estou muito emocionada. Desde a hora que acordei já estou sentindo esse clima de Círio. Tudo se torna mais especial, principalmente porque estou aqui para me despedir da min há filha e a entregar a Nossa Senhora, para que ela a proteja na caminhada até Belém. Será a primeira vez dela, mas sei que vai dar tudo certo”, disse a comerciante Deusa do Socorro Silva.

image Saída dos romeiros em caminhada até a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré em Belém. (Patrícia Baía / Especial para O Liberal)

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O percurso até Belém é de 70 quilômetros e a previsão de chagada é na sexta feira (7).  A tradicional caminhada estava suspensa há dois anos devido a pandemia da covid-19. Este ano, a emoção tomou conta das ruas e teve um brilho ainda maior. Em função da liberação das restrições devido a adesão da população em prol da vacina, a romaria pode retornar para as ruas.

 Para o coordenador do Terço dos Homens, Renato Freire, que faz a abertura da caminhada, a procissão é um momento de gratidão à Nossa Senhora. "Estamos aqui para agradecer por estarmos bem, com saúde. Ano passado realizamos apenas a carreata, pois ainda estávamos na pandemia, mas agora estamos muito felizes por podermos estar perto das pessoas, caminhar. Passamos por momentos muito difíceis e agora é momento de acolhimento e de fé. Que Nossa Senhora interceda por todos nós, pelo Pará, pelo Brasil, por Castanhal e pelo mundo".

Antes dos romeiros entrarem na BR – 316 , eles recebem  apoio e o carinho dos moradores do município ao longo da avenida Barão do Rio Branco. Das janelas do ônibus as pessoas acenam e se emocionam. “Ainda nem saímos de Castanhal, e a emoção já toma conta de mim. Tudo isso é muito importante para quem decidiu caminhar por Maria. Eu sei que não vai ser fácil, mas quando eu me sentir cansada vou lembrar dos rostos de cada uma dessas pessoas que está mandando uma vibração positiva pra mim”, disse a estudante Andréia Lima, que está fazendo pela segunda vez a caminhada.

Apoio e acolhida 

De Castanhal até Belém foram montados sete postos de apoio e acolhida, pela Defesa Civil do estado e de Castanhal. Um desses pontos é na orla da vila do Apeú. Os voluntários realizam massagem e fazem curativos nos pés dos romeiros que param para descansar. Foi montado também um redário para quem precisar dormir um pouco.

A professora de educação física Beatriz Costa parou no Apeú após ter caminhado cerca de 40 quilômetros, de Igarapé Açu até Castanhal. Esse é a segunda vez que faz a caminhada e sempre agradecendo por bênçãos recebidas. “Paramos lá em São Francisco para dormir e saímos de madrugada e estamos chegando agora de manhã aqui em Castanhal com muita fé. Espiritualmente estamos muito fortes, mas o corpo já está muito cansado e os pés com os calos costurados para não rasgar. Vamos conseguir chegar lá”, contou a romeira que faz parte de um grupo de 50 pessoas de Igarapé Açu. 

O romeiro Cleiton Monteiro, também de Igarapé Açu, aproveitou para tomar um banho no rio Apeú para recarregar as energias. “Estamos já muito cansados, mas quando a agente chega em Castanhal o banho no rio Apeú nos devolve as forças”, disse.

No outro ponto de acolhida montado no posto Pombal, na saída da vila do Apeú, na BR-316, acontece o encontro de dezenas de grupos e de pessoas vindas de vários municípios da região nordeste. “Quando a gente se encontra aqui acontece algo muito bom. Renova-se as forças e a esperança. Eu vejo que estamos todos com o mesmo propósito e isso é poderoso. Essa é a terceira vez que faço a caminhada e sei que quando chega aqui já estamos cansados e dá vontade de desistir, mas eu olho para casa um dos nosso irmãos e me dá força”, contou o comerciante de São Francisco do Pará, Wellinton Mendes. 

 

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