Deslizamento em Abaetetuba: carretas do TerPaz Itinerante já estão no município

Projeto leva serviços de saúde e cidadania às 108 famílias desalojadas ou desabrigadas após o deslizamento do último domingo

O Liberal
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Duas carretas do projeto "TerPaz Itinerante", da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), chegaram ao município de Abaetetuba nesta terça-feira (28), com serviços de saúde e emissão de documentos. É uma das medidas de apoio às 108 famílias desalojadas ou desabrigadas após um deslizamento de terra no último domingo (26), nos bairros São José e São João. O Governo do Pará decretou situação de emergência no município e estabeleceu uma força-tarefa de apoio às vítimas.

“As pessoas que chegam aqui passam por uma triagem do município para identificar se elas são da área atingida, já que elas são nossa prioridade. Nós identificamos um conjunto de necessidades. São pessoas que abandonaram suas casas e deixaram tudo para trás. Então, a partir desses documentos principais, elas vão poder ter acesso aos outros serviços que o Estado está disponibilizando para elas”, informa Bruno Brasil, coordenador operacional das carretas do TerPaz.

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Ação com duas carretas faz parte de conjunto de medidas encaminhadas pelo governador Helder Barbalho, que visitou a área do deslizamento, nesta segunda (27)

O Serviço Geológico do Brasil está em Abaetetuba, no Baixo Tocantins, dando apoio técnico-científico no mapeamento da região que sofreu com deslizamentos de terra no último domingo (26). O trabalho começou, na tarde de segunda-feira (27), e monitora a área com processo erosivo e os efeitos da chuva e da maré, como explica a geóloga Dianne Fonseca.  

“A gente está com um processo de atuação da desestabilização do terreno. A gente vai ficar monitorando constantemente para ver se ele vai parar de ceder. O processo de ruptura da área ainda está ativo. Pode ser que aumente ou que estabilize, por isso esse trabalho é importante. É necessário que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estejam aqui monitorando. A gente vai dar apoio para eles no mapeamento da área de risco, delimitar uma área e posteriormente é necessário se fazer estudos mais aprofundados, porque o processo é bem complexo. Não é de simples solução para resguardar a vida da população aqui”, detalha Dianne.

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Dependendo da situação individual de cada uma das 108 famílias que tiveram de sair de casa após os deslizamentos, alguns benefícios serão concedidos. Helder lembra outros deslizamentos e fragilidade de terra onde o incidente ocorreu.

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A Prefeitura atualizou número de famílias atingidas para 108, sendo que apenas uma está no ginásio transformado em abrigo. Os acessos aos dois bairros atingidos foram bloqueados.

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Desde a tarde de domingo, após os incidentes, o Governo do Estado montou uma força-tarefa de apoio às vítimas

Dona Maria Madalena morava em uma casa que fica perto da torre de energia elétrica que tombou após o processo erosivo. Ela conseguiu tirar a 2ª via dos documentos. “É um serviço muito importante, porque eu tô sem nada. Saí com a roupa do corpo. Nossos documentos ficaram todos no nosso guarda-roupa. Foi uma correria”, relembra a moradora, que vivia na área há 45 anos.

A força-tarefa estadual, garante o Governo do Pará, ficará no município enquanto for necessário. O trabalho visa ajudar famílias e devolver a dignidade e esperança. A autônoma Maria Rita da Silva é uma dessas pessoas, que acompanhou a mãe na emissão de documentos e cadastro para ter direito a benefícios sociais. “Minha mãe perdeu tudo, mas o importante é a vida. É uma tristeza, não poder entrar na casa dela, mas graças a Deus estamos recebendo ajuda, já fizemos o cadastro e vamos trabalhar pra conseguir tudo de novo”, compartilhou a moradora.

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