Desenhista de Barcarena lança obra no Artists Valley da CCXP 22 em São Paulo

Francy Botelho foi convidada para lançar sua obra no Artists Valley da CCXP 22, simplesmente o maior evento mundial do setor, realizada entre os dias 1º a 4 de dezembro, em São Paulo

Igor Wilson
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A história de um continente intocado, habitado por um espírito protetor que mantêm a ordem e o equilíbrio necessário para a sobrevivência da vida. Esse é o pano de fundo de ‘Os Contos de Aiyra: A canção do espírito da pedra’, livro escrito e ilustrado por Francy Botelho, artista visual e quadrinista independente nascida em Barcarena. O conteúdo do segundo livro da autora impressionou diversos especialistas, mas não só. Francy foi convidada para lançar sua obra no Artists Valley da CCXP 22, simplesmente o maior evento mundial do setor, realizada entre os dias 1º a 4 de dezembro, em São Paulo

O estilo escolhido para ilustrar boa parte de suas obras carrega o DNA oriental vindo dos mangás e animes que Francy cresceu vendo em desenhos japoneses transmitidos pela televisão brasileira no início dos anos 2000. Desde criança, ela via os animes que passavam no programa TV Globinho, em seguida ia para a prática, desenhando durante boa parte do dia. Foi assim que o desenho entrou de forma despretenciosa na vida de Francy. Anos depois, quando precisou fazer a escolha do curso que faria no ensino superior, decidiu por Marketing e Publicidade. Foi mostrando suas artes durante o percurso acadêmico que a artista viu que poderia ir além. 

image Aiyra: personagem criada por Francy une traços indígenas e orientais (Divulgação/ Arquivo Pessoal)

“Sempre fui fã de mangás e Animes, cresci na época que a TV globinho passava desenhos japoneses, Inuyasha, Sakura e outros. Então quando criança eu imitava esses traços. Depois peguei algumas referências dos comics americanos também. Sempre gostei de artes no geral, desenho, pintura. Fui aperfeiçoando muito com o passar dos anos, mas nunca pensei em trabalhar com isso, acabou sendo um caminho natural”, diz a artista, que começou a ficar mais conhecida a medida que expunha seus trabalhos em eventos geeks em Belém e outras cidades, conhecendo profissionais em todo o país. Começou a ter seu trabalho requisitado. 

“Foi um pouco extraordinário pra mim, por que como sou de uma cidade onde esse ramo não é muito comum, nunca pensei que seria possível trabalhar como ilustradora, quadrinhista, designer. Mas a medida que fui conhecendo outros artistas nos eventos que eu ia, fomos trocando experiências e então me vi inserida, muita coisa ocorre no digital, hoje em dia é possível enviar quadrinhos e artes pelos correios, os eventos ainda são uma grande porta para interagir como o público, mas a internet tem ajudado a expandir os horizontes, eu consigo me comunicar com pessoas que compram meu trabalho lá no sul do país, por exemplo”, conta. 

AIYRA 

O livro de Francy conta a história de Aiyra, um continente intocado e que é habitado por uma protetora chamada Lúna, o espírito de uma guerreira que vaga entoando seu canto pelo lugar e que é responsável por manter a harmonia entre todos. ‘Os Contos de Aiyra: A canção do espírito da pedra’ começa a história narrando o encontro entre Iúna e Endi e suas diversas sagas, até a caçadora se tornar parte do cenário e da história daquelas terras em que viveu. A ideia para a história veio a partir de uma ilustração que Francy compartilhou com seus seguidores. 

image Artista lança segundo livro em evento mundial (Divulgação/ Arquivo Pessoal)

“Gosto bastante de desenhar, de criar personagens e geralmente quando criamos esses personagens eles devem ter uma história a ser contada. Esse ano fiz uma ilustração de uma estátua de pedra na forma de uma mulher e enquanto desenhava pensava nos eventos que levaram aquela mulher a estar naquela situação, sozinha em meio a uma floresta presa num encantamento. Quando publiquei esse desenho prometi a meus seguidores que contaria essa história em forma de quadrinhos e trabalhei nela nos últimos cinco meses, para ser lançada agora”, conta Francy, dando alguns detalhes sobre como aliou a mística indígena aos traços orientais. 

Quando tive a ideia de tornar o desenho em um livro, queria que fosse algo ligado a amazônia, as florestas e cores, aos indígenas. Não é uma história fiel à cultura indígena, mas é fortemente inspirada nela. Aiyra é um continente fictício protegido por um ser místico, que pretende preservar a natureza do jeito que ela é, isso trás a lembrança de uma luta pertinente desses povos da amazônia”, diz a artista de Barcarena. 

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