Dentista tem mala furtada em Abaetetuba com equipamentos no valor de R$ 16 mil
Nandra Santos, de 23 anos, verificou o sumiço da bagagem quando chegou no destino final
Uma bagagem com aproximadamente R$ 16 mil em equipamentos odontológicos foi roubada da dentista Nandra Santos, de 23 anos, na última quinta-feira (19/12), em Abaetetuba. A jovem ainda tenta lidar com a perda dos materiais profissionais e reclama da falta de ação da empresa de ônibus. Nandra deu conta do sumiço da bagagem quando chegou no terminal rodoviário de Abaetetuba vindo de Belém, por volta das 21h30, em um ônibus da empresa Transarapari.
Nandra voltava da especialização em ortodontia que cursa em Belém, por isso carregava todos os equipamentos profissionais. As peças de trabalho estavam em uma mala marrom. Segundo ela, os materiais foram comprados ao longo dos anos. Ela calcula que dentro da mala estavam equipamentos que totalizam aproximadamente R$ 14 mil, além de um tablet Samsung no valor de aproximadamente R$ 2 mil. Ela reclama que a empresa Transarapari não etiquetou a mala com a passagem.
“O tablet tinha um mês de uso, os materiais são bem caros, aproximadamente 14 mil reais de materiais que comprei ao longo da minha graduação e mais o tablet, que era novo. Eu coloquei a mala no bagageiro, só que é função do cobrador etiquetar as malas, e dá a segunda via dos passageiros, só que eles não estavam fazendo isso no dia. Eu coloquei no bagageiro e entrei no ônibus”, contou.
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Durante a viagem, Nandra enfrentou outro problema que foi a duplicação de passagem. O lugar em que estava no ônibus foi vendido para outra pessoa, por causa disso ela teve que sair do assento e ir para outra cadeira na última fileira do ônibus, o que não permitiu que ela visse os passageiros retirarem as malas do bagageiro.
Quando chegou em Abaetetuba, Nandra foi uma das últimas passageiras a descer do ônibus e percebeu ao olhar para o bagageiro que não havia mais nenhuma mala no espaço. Ela reclamou que o cobrador que disse não haver mais nenhuma mala. O empregado disse que a mala poderia ter vindo em outro ônibus, porque Nandra poderia ter se confundido e colocado em outro veículo. Entretanto, ela checou com os outros dois ônibus que haviam chegado e em nenhum deles estava a bagagem. O cobrador foi embora com o veículo para a garagem e não prestou auxílio para a passageira.
Ao procurar a empresa, a dentista reclama que não teve a situação resolvida. Nandra precisou ir na delegacia fazer um boletim de ocorrência solicitando as imagens do terminal rodoviário de Abaetetuba. “Eles [Transarapari] são se responsabilizaram. Até agora nada de filmagem. A gerente da empresa em Abaetetuba mandou um áudio falando que foi confirmado que realmente foi culpa do cobrador, que a empresa pode até arcar com o prejuízo, mas que precisava da nota fiscal para tudo que tinha dentro da mala. Tenho três anos de formada, muitas coisas já não têm nota fiscal. Tudo o que tinha lá foi comprado ao longo desses anos”, relata.
Nandra ainda tentou localizar o tablet por meio da internet, a última localização do equipamento foi no terminal rodoviário e depois desapareceu. A jovem acionou um advogado e também publicou um post nas redes sociais reclamando que a empresa não está ajudando a solucionar o seu problema. O trabalho como dentista também ficou prejudicado, já que as suas ferramentas de trabalho estavam todas na mala.
A reportagem entrou em contato com a gerência da empresa Transarapari em Abaetetuba que informou estar tomando as providências necessárias para resolver a situação. A empresa está em contato com a administração do Terminal Rodoviário de Abaetetuba para verificar as câmeras de segurança do local e checar quem pegou a mala nesta segunda-feira (23/12).
A gerência também confirmou que houve o erro do cobrador ao não etiquetar as bagagens. A empresa também pretende divulgar o caso em uma rádio local para que a pessoa que pegou a bagagem devolva os equipamentos da dentista. Caso a mala não seja encontrada, a gerência garantiu que a empresa se responsabilizará com os custos.
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