De acidentes a explosão: Jet ski é um veículo com histórico que acende alerta no Pará; veja os casos
Conheça os cuidados de manutenção para moto aquáticas
O Pará possui, atualmente, 9.354 condutores habilitados de motos aquáticas, de acordo com dados da Marinha do Brasil, por meio do 4º Distrito Naval. Pequena e movida a jato, a embarcação esportiva, também conhecida como jet-ski, é projetada para ser conduzida sobre a superfície aquática, com capacidade de levar de uma a três pessoas dependendo do modelo. Apesar das constantes fiscalizações e campanhas educativas de segurança, foram registrados alguns acidentes nos últimos quatro anos, sendo dois em 2020, um em 2021 e uma ocorrência neste ano, quando uma moto aquática explodiu, no dia 29 de janeiro, próximo de um balneário, localizado na cidade de Altamira, sudoeste paraense.
O nome "jet ski" é patenteado pela empresa Kawasaki, mas é habitualmente usado como um termo geral para se referir a todas as embarcações do tipo. São conhecidas por seu alto desempenho e velocidade, com veículos que podem chegar até 124 km por hora. São característicos também o manuseio fácil e versatilidade, tornando-as cada vez mais populares entre os amantes de esportes aquáticos e passeios.
O empresário Emerson Mendes, 50, atua no mercado de manutenção, revitalização e instrução de motos aquáticas há pelo menos 30 anos em Belém, e ressalta que assim como em carros, a manutenção e a segurança do jet ski, também são necessárias.
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“Diferente dos carros que fazem a manutenção por quilometragem, as motos aquáticas é feita manutenção por tempo sem navegação ou por hora navegada. Por tempo, são necessários seis meses para fazer a manutenção, que é a troca de óleo, filtros e velas. Já quando é por horas, a revisão a cada 50 horas, a recomendação a partir de 100 horas é fazer a troca de óleo, filtro, velas e anel de carbono”, comentou.
Recentemente em Altamira um acidente foi registrado envolvendo um destes veículos aquáticos. Um jet-ski explodiu e o piloto foi arremessado. Por isso, de acordo com Emerson, a importância de manter a manutenção em dias e ficar sempre atento para realizar consertos antes de sair para a água.
O empresário adverte para os perigos dos veículos aquáticos com relação a aceleração e redução de velocidade, que é bem diferente de carros e motos.
“É bom ressaltar que o jet ski não tem freio, ele tem um redutor de velocidade. Ele precisa de uma certa distância para reduzir a velocidade, diferente de carros e motos que você aciona os freios e pára, tem pessoas que confundem isso e pode ser perigoso”, alerta Emerson.
Outro ponto importante, segundo Emerson, é conhecer a legislação (Lei Nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997) e seguir a recomendação da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) para a condução de veículos aquáticos. A legislação para pilotar com segurança, exige obrigatoriedade da habilitação, a partir dos 18 anos, uso do colete de acordo com o peso da pessoa, respeitar o limite de passageiros no jet ski e proibição da condução sob efeito de álcool.
Após seguir as recomendações de segurança, o jet ski oferece aos seus usuários uma experiência única e emocionante sobre a água. Além de desfrutar do vento na face e da imensidão de água ao mesmo tempo. É preparar para conhecer lugares diferentes, registrar o contato com natureza e garantir uma aventura segura.
5 dicas de segurança antes de pilotar um jet ski
- Conferir se os bujões de segurança estão fechados, para evitar entrada de água e fundeio da embarcação;
- Uso obrigatório de colete salva-vidas com ziper e atracador fechados;
- Conferir o nível de combustível para ter certeza que conseguirá retornar em segurança para o ponto de partida;
- Prender a chave de ignição ao colete para caso o piloto caia do jet ski, o equipamento desligue;
- Respeitar a quantidade de passageiros suportada.
Fonte: Eno Service Náutica
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