Crianças e adolescentes do Guamá participam de programa educativo do Corpo de Bombeiros
As atividades ocorrem nas Usinas da Paz da Grande Belém
Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no Guamá, em Belém, participam das atividades do Programa Escola da Vida (PEV), desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros, cujos treinamentos já foram iniciados nas UsiPaz daquele bairro, assim como nas unidades do Bengui, Icuí Guajará, Marituba, Cabanagem, Jurunas, Condor e Terra Firme. Cada turma tem, em média, trinta alunos. O lançamento oficial das atividades está previsto para ocorrer no próximo dia 1º de abril, quando o programa completa trinta anos.
“Atuamos com crianças e adolescentes de 12 a 15 anos, com objetivo de trabalhar o conceito de cidadania, por meio de atividades socioeducativas, fortalecer a disciplina, a convivência em grupo, os valores, garantindo o acolhimento que eles necessitam”, explica o subtenente Maurício Cabral, coordenador PEV, na Usipaz Guamá.
Ainda segundo ele, também são transmitidas instruções básicas de primeiros socorros, de prevenção de acidentes e incêndios, salvamento em altura, terrestre e aquático, assim como prevenção à violência contra crianças, mulheres e idosos. “Nós quem somos presenteados nessas formações, mas acabamos aprendendo mais do que ensinamos”, complementou Maurício Cabral. As aulas, teóricas e práticas, são às segundas e às quartas-feiras e iniciaram no dia 15 de março.
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A estudante Diana Yasmim, 14 anos, sempre se identificou com a área da saúde e, quando viu que o programa também contemplava noções de primeiros socorros, ficou interessada em participar. “Está sendo ótima a experiência, pois quero entrar para o Exército, e a disciplina que estou aprendendo a ter aqui, além das noções de todas essas áreas, vai me ajudar muito. Acho importante trazer as crianças e adolescentes para o programa, porque tira os jovens de atividades nas ruas”, afirmou.
Voluntariado
O PEV conta com sete militares da reserva do CBMPA e 20 voluntários civis egressos do antigo programa, que atuam como jovens aprendizes contratados e remunerados com um salário mínimo, pelo período de um ano, podendo ser renovado por igual período.
A acadêmica de enfermagem Thaissa Vieira, 20 anos, há sete participou, no município de Ponta de Pedras, do programa e agora se tornou uma das voluntárias civis. “Voltar como voluntária e poder repassar os ensinamentos é muito importante. A disciplina e o aprendizado agregaram muito para mim como pessoa e profissional. Espero que, assim como foi para mim, novas oportunidades se abram para eles também”, desejou.
O aluno Vitor Nobre, de 15 anos, afirma que entre os valores já repassados no treinamento, a importância da dedicação é um dos que foi destaque para ele. “Estou me esforçando mais, com mais disciplina, nos estudos. Aqui é legal também pra fazer novas amizades, porque muda a nossa mentalidade, passamos a nos relacionar melhor e ter mais saúde mental. Tá sendo muito boa a experiência, estou feliz de participar dessa oportunidade”, contou.
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