Cooperativa feminina marca presença em feira na Estação das Docas
Ressocialização e sustentabilidade se alinham nesta edição do evento
A 4ª edição da Feira de Negócios do Cooperativismo (Fencoop), encerrou no sábado (27/04), na Estação das Docas, em Belém. O evento foi realizado pelo Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras do Pará (OCB/PA) e contou com a presença da Cooperativa de Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), formada por mulheres privadas de liberdade e coordenada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Nesta edição, trouxe o tema “Cooperativismo: Negócios Sustentáveis e Competitivos”.
A Coostafe recebeu o reconhecimento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), por suas boas práticas de trabalho e renda no sistema prisional brasileiro. Os produtos artesanais frutos da atividade da cooperativa foram expostos e comercializados na feira. Entre os mais vendidos estão almofadas bordadas, bolsas e ecobags, com destaque para a capa de notebook bordada que foi novidade este ano.
De acordo com Gerson Santos, gerente de produção da Seap, e tutor da Coostafe, o reconhecimento conquistado reflete o esforço em conjunto de diferentes entidades e das apenadas. “A participação da Coostafe na quarta edição da Fencoop, trouxe um tema relacionado à sustentabilidade, já alinhado à COP30, que hoje também é o grande foco da Coostafe. O desenvolvimento, o design de produtos e a produção com a concepção de que as internas precisam trabalhar aspectos relacionados à sustentabilidade, além do aspecto da reinserção social das mulheres, e da reintegração social”, afirma.
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Sustentabilidade
Voltado para as discussões em torno do desenvolvimento sustentável, o que dialoga bem com a atividade desenvolvida pela cooperativa, o encontro buscou reforçar a competitividade dos negócios atrelados à sustentabilidade na produção e serviços. Para Diego Santos, gerente de desenvolvimento de cooperativas do Sistema (OCB/Pará), “A presença da Coostafe é de suma importância porque a gente consegue mostrar justamente esse modelo de negócio, um processo de ressocialização, de desenvolvimento profissional dessas mulheres, para que elas possam perceber que também além do cárcere, existe uma possibilidade de transformar a realidade delas”.
Ressocialização
Entre as internas alcançadas pelo projeto, Adriana Cardoso, que participou em um desfile na edição anterior, expôs produtos no evento deste ano. “Essa feira é um espaço que as pessoas de vários lugares do Estado podem vir e mostrar a sua criatividade através dos produtos, e, para mim, é muito importante estar aqui porque a gente se capacita e com o tempo adquire uma mentalidade diferente e já começa a pensar em montar o próprio negócio”, relata Cardoso.
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