Conselho universitário da UFPA manifesta apoio à greve de docentes e técnicos administrativos
O posicionamento ocorre após os profissionais decretarem greve a partir do próximo dia 15 de abril
Em nota publicada nesta quarta-feira (10), o Conselho Universitário (Consun), da Universidade Federal do Pará (UFPA), manifestou preocupação com as perdas salariais acumuladas por servidores técnico-administrativos e docentes das universidades públicas federais. Segundo o conselho, a situação é “resultado de muitos anos sem reajuste ou com reajuste muito abaixo dos índices inflacionários”. Portanto, a UFPA apoia a reivindicação das categorias. O posicionamento ocorre após os profissionais decretarem greve a partir do próximo dia 15 de abril.
Com isso, a instituição manifestou apoio à reivindicação de recuperação imediata do poder aquisitivo das carreiras dos trabalhadores das universidades federais. No caso de servidoras técnico-administrativas, a UFPA apoia, também, a reestruturação e aprimoramento do plano de carreiras, como detalha a nota. Segundo o comunicado a UFPA, tudo isso “de modo a garantir uma valorização equilibrada e que respeite a diversidade e complexidade das funções atualmente exercidas nas instituições”.
“É indispensável a uma nação comprometida com conquistas de cidadania respeitar e valorizar os trabalhadores da educação. No Brasil, esse permanece um grande desafio e enfrentá-lo é tarefa urgente. A Universidade Federal do Pará, portanto, respeita a luta legítima de seus trabalhadores”, diz a nota.
A UFPA reitera, ainda, “a expectativa de que Governo e Sindicatos estabeleçam um diálogo efetivo, com vistas a uma solução que promova condições dignas de trabalho nas Universidades Públicas Federais, adequada valorização de seus trabalhadores, sintonizada com o seu horizonte de atuação e contribuição com o desenvolvimento nacional”, finaliza a nota da UFPA.
Sobre o caso
Os professores de universidades no país têm uma defasagem salarial de 60% nos últimos dez anos. Por essa razão, eles reivindicam que o Governo Federal pague 7,5% de reajuste salarial em 2024, 7,5% em 2025 e 7,5% em 2026. No entanto, o Governo apresentou como contraproposta: 0% de reajuste em 2024, 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026, com o que não concordam os professores. Por isso, a categoria reivindica melhorias aos direitos trabalhistas e melhores salários.
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