CMN inaugura núcleo destinado a produções científicas sobre a Amazônia Oriental
O Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE) também visa interação do Comando Militar do Norte com a sociedade acadêmica
O Comando Militar do Norte (CMN) lançou, nesta segunda-feira (3), o Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE), destinado a incentivar a pesquisa e a produção científica em temas relacionados à Segurança, Defesa e ao Desenvolvimento Nacional.
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O órgão, ao lado dos Núcleos instalados nos Comandos Militares do Sul (CMS), do Nordeste (CMNE) e do Sudeste (CMSE), agora faz parte da Rede de Estudos Estratégicos do Exército (R3E), criada em 2015, para proporcionar a interação de diferentes estruturas e pessoas voltadas à produção de conhecimentos em Defesa.
O Comandante Militar do Norte, General de Exército Costa Neves, explica que a proposta do Núcleo é a produção de conhecimento integrado, na busca de propor soluções a problemas relacionados à Amazônia. “Os Núcleos de Estudos Estratégicos são uma porta de entrada de uma vasta rede de conhecimento que estuda soluções de problemas regionais. A proposta é unir civis e militares num esforço conjunto de apresentar soluções para superar complexos desafios na Amazônia Oriental”, afirma.
Além de permitir o estímulo às produções científicas, a criação do NEE visa também a interação do CMN com a sociedade acadêmica, ao garantir que professores, pesquisadores e alunos de instituições de ensino superior tenham temáticas relacionadas à Amazônia Oriental como objeto de estudo.
Para o Coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo Júnior do Centro Universitário do Pará (Cesupa), Rafael Boulhosa, a parceria pode levar ao desenvolvimento de pesquisas inovadoras, considerando as especificidades das comunidades e povos amazônicos. “A gente tem condições de trazer uma fala da comunidade, traduzir isso para uma organização social e levar resposta com políticas públicas, novas legislações, e defesa do interesse da comunidade e não do mundo sobre essas comunidades. Tudo isso em parceria com interesses de defesa nacional que o Exército propõe na Amazônia”, destacou o coordenador.
Dentre as áreas temáticas que o NEE irá desenvolver estudos, estão a Amazônia Legal e Entorno Estratégico; Economia de Defesa na Região Amazônica; Conflitos Armados e Terrorismo na Pan Amazônia, entre outros temas relacionados às ameaças e vocações estratégicas do CMN, com ênfase nos Estados do Amapá, Maranhão e Pará.
O NEE/CMN funcionará no Quartel-General Integrado (QGI), vinculado à Seção de Planejamento Estratégico e Integração (SPEI). Será composto por membros efetivos destinados especificamente para estes estudos, conhecidos como colaboradores ad hoc, além de organizações que encontram alternativas para problemas que afetam uma parcela significativa da sociedade, as chamadas think tanks.
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