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Chikungunya já tem mais casos que dengue

Neste ano, a febre Chikungunya foi registrada muito mais vezes em Belém, com 2.149 casos confirmados

Redação Integrada ORM
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O número de casos confirmados de febre Chikungunya já somam mais que triplo do número de casos de dengue, neste ano, no Pará: 4.042 ocorrências contra 1.304. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Pelo levantamento, só cinco casos de Zika foram confirmados. Apesar de uma redução do número de casos, em comparação com o ano passado, o estado começa a se preparar para o período de chuvas. É nessa época que a fêmea do mosquito Aedes aegypti encontra mais locais com água parada para pôr ovos.

O Pará registrou uma redução de 73% nos casos de dengue, 39% de febre chikungunya e 98% de zika, aponta o boletim epidemiológico da Sespa. E ainda em comparação com o ano passado, mais um dado positivo: nenhuma morte foi registrada em decorrência das três doenças. Em 2017, foram registrados 4.840 casos de dengue, 6.661 casos de chikungunya – incluindo sete óbitos - e 331 de zika.

Neste ano, a febre Chikungunya foi registrada muito mais vezes em Belém, com 2.149 casos confirmados. Depois vêm os municípios de Marituba (1.008 casos) Ananindeua (367), Tailândia (94), Paragominas (71), Parauapebas (68), Benevides (38), Castanhal (34), Marapanim (34) e Abaetetuba (22).  

Quanto à dengue, os municípios com mais ocorrências foram Parauapebas (165 casos), Marapanim (142), Mãe do Rio (134), Novo Repartimento (85), Redenção (64), Conceição do Araguaia (61), Belém (59), Novo Progresso (56), Pacajá (52) e Pau D’Arco (43). Os cinco casos de zika foram registrados em Conceição do Araguaia, Jacundá, Rio Maria, Tailândia e Tucuruí.

Para confirmar a causa da morte por uma das três doenças é necessária a investigação epidemiológica. Há um Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto Evandro Chagas (IEC), preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Sem isso, a Sespa não tem como manter um registro acurado dos óbitos. E cobra dos municípios esse monitoramento.

As ações de combate às três doenças, informa a Sespa, também competem aos municípios, que devem cumprir metas. Entre os procedimentos essenciais estão vistorias domiciliares por agentes de controle de endemias. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento nos 144 municípios, que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e orienta as prefeituras sobre o uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas).

A Secretaria de Saúde Pública também promove visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa de combate à dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento de casos de febre Chikungunya e Zika.

Quando há necessidade, a Sespa faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também são realizadas ações educativas e de mobilização, para incentivar a participação da população no controle da dengue. Por isso, é necessário que os municípios fiquem atentos na coleta de resíduos. E a população colabore não piorando a sujeira nas ruas.

Os vírus da dengue, da Chikungunya e da Zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Elas provocam sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm gravidades diferentes. A dengue é a mais perigosa por ter quatro sorotipos diferentes do vírus, causando febre repentina, dores musculares, falta de ar e indisposição. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.

A Chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores podem permanecer por meses, e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras, mas a doença matou sete pessoas no ano passado. Já a Zika apresenta sintomas que se manifestam, no máximo, por sete dias.

A Sespa reforça que a população também deve combater possíveis criadouros do mosquito, principalmente com a aproximação do período de chuvas. Se houver dificuldade, as pessoas devem acionar os programas municipais de controle da dengue mantidos pelas prefeituras. As equipes de profissionais capacitados visitam as casas para inspecionar possíveis criadouros do mosquito, com o objetivo de eliminar os focos e orientar os moradores sobre prevenção e controle do Aedes aegypti.

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