Cenário mostra que Pará 'venceu a covid-19', diz Helder Barbalho

Fechamento do Hospital de Campanha do Hangar e abertura de centros especializados em covid-19 foram confirmados pelo governo esta quarta (15), com anúncio de mudanças no combate e atendimento a casos da doença

O Liberal
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"Anunciar hoje o fechamento da principal operação hospitalar para covid-19 é uma demonstração de que, graças a Deus e ao empenho e a solidariedade de todos, coletivamente, nós vencemos a covid-19": assim resumiu, na manhã desta quarta-feira (15), o governador Helder Barbalho, a avaliação feita durante o pronunciamento em que o governo anunciou mudanças sensíveis na atual estratégia de combate e atendimento a casos da doença no Pará. Uma delas é a redução de leitos dedicados ao atendimento da covid-19 e o fechamento programado, para entre duas semanas e no máximo um mês, do Hospital de Campanha de Belém, o maior centro de atendimento da pandemia no Estado, em funcionamento desde abril de 2020, no Hangar Centro de Convenções.  

O governador detalhou as mudanças ao lado do secretário de saúde do Pará, Romulo Rodovalho, do atual presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), Marcel Botelho, e do diretor da Vigilância em Saúde do Estado do Pará, Denilson Feitosa.  

"Graças a Deus e ao empenho e a solidariedade de todos, coletivamente, nós vencemos a covid-19. São decisões estratégicas as que estamos tomando, tendo base no cenário epidemiológico no Estado e a ocupação de leitos. Isso nos permite uma mudança no atendimento e oferta de leitos clínicos e de UTI para pacientes", disse o governador Helder Barbalho

"São decisões estratégicas as que estamos tomando, tendo por base o cenário epidemiológico no Estado e também a ocupação de leitos, o que nos permite iniciar um processo de mudança no atendimento e na oferta de leitos clínicos e de UTI para pacientes com covid-19 no Pará. São mudanças no ambiente de atendimento hospitalar", disse o governador.

Helder Barbalho chegou a lembrar que foi justamente na Região Metropolitana de Belém, em abril de 2020, que começou a abertura de vários hospitais de campanha em todo o Estado. "Chegamos a mais de 1.200 leitos ofertados especificamente para a covid, nos hospitais de campanha de Belém, Marabá, Santarém, Altamira e Breves. Além disso, também abrimos o Hospital Regional de Capanema, o Hospital Regional de Castanhal, o Hospital Regional doTapajós, em Itaitura, o Hospital Regional do Araguaia, em Conceição do Araguaia, e abrimos leitos nos hospitais regionais de Redenção, do Baixo Amazonas, e em Juruti, descentralizando o atendimento em todas as regiões do Estado", listou o governador. Helder também citou o esforço mobilizado pelo Estado em remoções aéreas, para trasnferências de pacientes com a covid-19. 

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"Isso certamente resultou para que nosso estado detenha hoje um dos menores índices [do Brasil] de perdas de vida pela doença, em relação ao número de habitantes. E isso não desmerece a solidariedade que devemos ter com todas as vidas que perderam a luta para a pandemia, mas é fato que o esforço dos profissionais de saúde e o trabalho de milhares de pessoas para salvar vidas resultou que pudéssemos atravessar esse momento sofrido, de profunda dor, mas, certamente, com muitas vidas que venceram essa pandemia".

"Isso certamente resultou para que nosso estado detenha hoje um dos menores índices [do Brasil] de perdas de vida pela doença, em relação ao número de habitantes. É fato que o esforço dos profissionais de saúde e o trabalho de milhares de pessoas para salvar vidas resultou que pudéssemos atravessar esse momento sofrido, de profunda dor, mas, certamente, com muitas vidas que venceram essa pandemia", avaliou Helder

Cenário é 'positivo' para mudanças, diz governo


"O cenário é extremamente positivo para a ocupação dos leitos no Pará", justificou ainda  Helder Barbalho no anúncio desta quarta, citando a manutenção da taxa geral de 26,6% de ocupação para leitos clínicos no Pará, e redução de 29% para 28% na ocupação de UTIs destinados a pacientes adultos com covid-19, nos dois últimos balanços do monitoramento epidemiológico diário no Estado - e segundo informações colhidas até as 18h desta terça-feira (14).

Helder Barbalho citou também especificamente a boa situação da ocupação de leitos no Hospital de Campanha de Belém, montado há mais de um ano (em 10 de abril de 2020), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.  

"Ele foi determinante, se somando ao Hospital Regional Abelardo Santos, de Icoaraci, que teve mudança de perfil para ser transformado em pronto-socorro de portas abertas para a covid-19. [Esses hospitais] foram decisivos para salvar as vidas de nossa população, num momento de colapso do sistema de saúde municipal, com fechamento das portas dos dois prontos-socorros e unidades de pronto-atendimento municipais de Belém. Isso, naquele momento, fez com que as pessoas ou tivessem que ou ficar em casa e perder a vida, por falta de assistência, ou ficarem nos veículos e coletivos em busca de atendimento", ponderou Helder Barbalho.

"O governo do Estado tomou a medida de fazer um hopsital de campanha com 400 leitos se tornasse referência, junto ao Abelardo Santos, com seus mais de 200 leitos, pudessem dar essa oferta de atendimento à população, somada ao atendimento das policlínicas", avaliou o governador.

"O Hospital de Campanha do Hangar foi determinante, se somando ao Hospital Regional Abelardo Santos, de Icoaraci. [Esses hospitais] foram decisivos para salvar as vidas, num momento de colapso do sistema de saúde municipal, com fechamento das portas dos dois prontos-socorros e unidades de pronto-atendimento municipais de Belém", ponderou Helder Barbalho

"Em abril de 2020, tivemos 420 leitos ofertados no Hangar, sendo 260 leitos clínicos e 160 de UTI. Agora em setembro de 2021, temos a oferta reduzida, por conta da diminuição de demanda pior çleitos de covid. Reduzimos para 160, sendo 80 clínicos e 80 de UTI", detalhou o governador.

Segundo Helder, mesmo com a redução para 160 leitos, nesse momento, a ocupação do Hospital de Campanha do Hangar se resume a 18 leitos clínicos e 16 leitos de UTI para a covid-19. "Isso demonstra claramente que houve uma diminuição importante da procura por leitos em nosso principal hospital de atendimento à covid-19, o que nos permite iniciar um planejamento de mudança no perfil de atendimento", disse Helder. "Apenas no Hangar, quase 5 mil vidas foram salvas. Isso demonstra a medida acertada do governo de abrir esse hospital".

Abertura de centros especializados em covid-19 


Sobre a mudança no perfil de atendimento no Hangar, o governador anunciou que, de agora em diante, não serão mais encaminhados pacientes ao Hangar. Os pacientes com necessidades de tratamento de covid-19 passam, a partir desta quarta (15), a serem destinados a uma nova estrutura o Centro Especializado em Covid-19 de Belém, a ser sediado no hospital particular Santa Terezinha, que fica na avenida Magalhães Barata, no bairro de Nazaré. A estrutura contará com 160 leitos clínicos e outros 60 de UTI, e será montada através de contrato firmado com o Estado. 

"Sobre os leitos que estão no Hangar, começarmos o processo gradativo de esvaziamento, para fechá-lo de quinze dias a um mês, e para que ele possa no futuro retomar suas atividades como centro de eventos", detalhou o governador.

Segundo essa nova estratégia do Estado, Helder Barbalho citou que outros centros especializados em covid-19 já foram entregues em Bragança, em Parauapebas, e que outros serão entregues ainda em outras regiões do Pará. "Avançaremos nas próximas semanas para demais regiões no Estado. Essa será a estrutura definitiva para a oferta de tratamento em covid-19 no Pará, paralelamente aos avanços em vacinação. Temos que ter a clareza que o convívio com essa doença deve ser nesse cenário, onde devamos estar preparados para o atendimento clínico e intensivo da população", avaliou o governador.

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