Causas de queimadas no Pará estão sendo investigadas, diz governador do Estado Helder Barbalho

A informação foi detalhada em entrevista concedida à Globo News pelo chefe do executivo neste domingo (1º)

Gabriel Pires
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Diante do atual cenário de avanço de queimadas na Amazônia, inclusive em áreas que pertencem ao Pará, o governador do Estado, Helder Barbalho, afirmou que os órgãos competentes investigam as causas desses incêndios - e ainda, apuram se as ocorrências podem ser criminosas. A informação foi detalhada pelo chefe do executivo em entrevista concedida à Globo News neste domingo (1º). Em meio a isso, o governador decretou situação de emergência no território paraense, no último dia 27 de agosto, e, também proibiu a prática de queimadas a nível estadual.

“A investigação está acontecendo. Temos atuado para investigar informações advindas de incêndios criminosos, como também a Polícia Federal, da mesma forma, tem buscado atuar. Por ora, não se tem conclusão de que os focos [de incêndio] que estão, neste momento, na região, são advindos de crimes. E se há uma orquestração, como já assistimos há poucos anos, em Novo Progresso, fato que ficou conhecido, em âmbito nacional, como o dia do fogo”, ressalta o governador.

Na Amazônia, a situação com relação às queimadas é considerada grave em 37 municípios, que tiveram mais de 100 focos em uma semana, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Das cidades com maior número de incêndios, algumas estão no Pará. São Félix do Xingu registrou 1.443 focos. Em Altamira, foram identificados 1.102 focos. Com relação a isso, Hélder destaca que avalia que esse “é um momento muito sensível diante da elevação de temperatura do verão amazônico. Acaba sendo um ambiente propício para que focos de queimada possam crescer”, detalha o governador.

O fenômeno La Niña também tem propiciado para essa escalada de incêndios, de acordo com órgãos ambientais. “Isto nos obriga a ter uma atenção redobrada para fiscalização e para o monitoramento, mas também para orientação no manejo do uso do solo, para que mantenhamos, seja os incêndios ocasionados pela condição climática, mas também muita atenção para que não haja no manejo o uso de queimadas para movimento do solo. E, por isso, inclusive, decretamos emergência ambiental com a proibição de 180 dias para manejo e diminuição de pastagem”, relata Helder.

Esforço conjunto

Se tratando dos esforços no enfrentamento das queimadas, Barbalho destaca que são necessárias ações em conjunto com o Governo Federal. “É fundamental que haja uma integração das forças de combate a incêndio de todas as esferas. No Pará, 70% do nosso território está sob jurisdição federal. Portanto, são áreas que requerem fiscalização da força de segurança e da força ambiental no âmbito nacional. Particularmente, ações do Ibama e ICMBio”.

“Estamos atuando de forma conjunta. Naquilo que são áreas estaduais, estamos com brigadistas, com estrutura da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros do Estado, também com apoiamento dos municípios. Além disso, o Governo Federal, está reforçando a sua presença nas áreas federais, principalmente áreas de reserva para que, conjugando esses esforços, nós possamos reduzir os focos de incêndio e suas consequências, também para a saúde da população”, destaca o governador.

“Houve um registro de aumento [de incêndios], no mês de julho [deste ano], que ultrapassa 50% comparado com o mesmo período do ano anterior. Estamos falando em 2.500 focos de incêndio em 2023. E 3.300 em 2024. Isto continuou no mês de agosto, com uma elevação de 4.500 para 6.600 pontos de incêndio. Portanto, isto demonstra que é fundamental, por um lado, o combate a incêndios. E, por outro lado, uma determinação governamental de orientação à população para que evite o uso de fogo no manejo e na limpeza de áreas rurais”, afirma Helder.

COP

Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), que será realizada em Belém, em novembro de 2025, o governador também destaca o atual cenário de preservação ambiental no Pará: “Hoje, somos o Estado que mais reduz desmatamento em toda a Amazônia Brasileira. Além disso, construímos planos e ações dentro da estratégia de políticas de mudanças climáticas. Posso citar o Plano Estadual de Bioeconomia, o Plano de Concessões de Reflorestamento e Restauro, ações de combate às ilegalidades ambientais”. 

E ainda, “estratégias de mercado de carbono, para que a floresta possa ser o novo ativo e a busca da neutralização das emissões possamos fazer do carbono uma nova economia, gerando empregos. E empregos sustentáveis e verdes”. “E, claro, deixar um legado, fazendo uma grande mobilização do Brasil e no mundo para que a COP permita com que as soluções baseadas na natureza seja aquilo que culmine deste grande momento”, reforça o gestor estadual.

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