Católicos renovam compromisso com a fé na Páscoa

Festa celebra os fundamentos da fé na ressurreição de Jesus após a morte

O Liberal
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Milhares de cristãos católicos celebram hoje a Páscoa em missas tradicionais e encontros fraternos com amigos e familiares pelo mundo afora. Na Catedral Metropolitana de Belém, os fiéis são esperados nas celebrações das 7h, 9h e 17h. A festa que recorda a ressurreição de Jesus Cristo é a mais importante da Igreja Católica, pois remete aos fundamentos da fé cristã: a ressurreição de Jesus e sua transformação em alimento da fé na eucaristia. Em tempos de violência gratuita e intolerância, O LIBERAL ouviu padres; freiras; o monsenhor Geraldo Menezes e pessoas comuns sobre o que pensam a respeito da inspiração pascal como forma de mudar a realidade ao redor.

Há menos de um mês de completar 95 anos, filho do célebre poeta modernista, Bruno de Menezes, monsenhor Geraldo Menezes mora na mesma casa da Rua João Diogo, na Cidade Velha, de onde saiu do convívio dos pais e dos irmãos, aos 16 anos, para dedicar-se à vida sacerdotal. Uma entrega fiel de mais de 70 anos.

Perguntado sobre o significado da Páscoa e como se deve vivê-la no dia a dia, o religioso disse que, como sacerdote, não pode deixar de se referir imediatamente ao que ele define como mistério eucarístico. “O próprio Jesus, instituindo a Santa Eucaristia, nos deixou o modo de nos reconhecermos como irmãos. É a falta dessa Fé que causa, a meu ver, tanta divergência e violência. A Eucaristia, com sua riqueza insuperável, vivida e participada, é o segredo para cultivarmos a paz, para nos unirmos. Quando Jesus disse: A minha paz vos dou, falava da paz que o mundo não pode dar. Temos de procurar a Paz cultivando-a na família, frequentando a Igreja e a comunidade, para vivermos o  que diz este nome sagrado: cristãos’’, observou o religioso.

Irmã do monsenhor, a poeta e cronista Marília Menezes, Irmã da congregação Adoradoras do Sangue de Cristo (ASC), diz que a “fé deve ser vivida na prática, na ação concreta do que Jesus ensinou: amor constante a todos, mostrado pela bondade, justiça, humildade, sacrifício e serviço às vezes heróico, na família, na Paróquia ou comunidade’’, diz a religiosa. “Isso não é possível sem a oração, pedindo a Jesus a graça de praticar essas virtudes básicas’’, acrescentou.

Irmã Marília recordou a Campanha da Fraternidade 2017, cujo tema convoca à defesa do meio ambiente e da vida. Ela entende que cultura e cultivo da paz são ações semelhantes. “Plantar e regar práticas do diálogo, respeito, paciência e tenacidade para poder colher a paz desejada, Jesus. Em divergências, expô-las com espírito sereno, amigo’’, recomendou, para afirmar que gosta da frase: “ouça com o coração!”.

“Não foi à toa que Jesus, em suas aparições de Ressuscitado, exclamou: ‘A paz seja convosco’. Mas, a paz não é possível sem a prática do que a prepara: calma ao falar e escutar, sem querer que a minha opinião domine sobre a dos outros. Este ensino de Jesus é fundamental: aprendei de mim que sou manso e humilde de coração’’, concluiu a Irmã.

A Páscoa é o ápice da aliança com Deus, define o frei Renato Viegas, 40. “No Natal, temos a promessa da chegada de Jesus, o Salvador. Na Páscoa, essa aliança se concretiza. Deus sela o pacto de resgatar a humanidade por meio do sacrifício de Jesus Cristo. É a celebração litúrgica maior da Igreja, e para nós, cristãos, é um momento de renovação, de resgate da humanidade do pecado por um ciclo de uma nova vida’’, concluiu o frei.

Para a dona de casa Edilene Souza, moradora de Canudos, a Páscoa é o momento de renovar sua fé no poder do Espírito Santo que ela diz encontrar na Igreja Católica. Edilene admitiu que esteve afastada do culto católico, mas sentiu necessidade de frequentar de novo a igreja de São José de Queluz, próximo de sua casa, na travessa Nina Ribeiro.

“Às vezes a gente acha que não tem necessidade de viver as coisas de Deus, mas é ele que nos ampara e dá sentido para nossa vida, me sinto bem mais em paz quando tento ficar em dia com a minha oração e voltei a visitar minha Igreja, onde estarei neste Domingo de Páscoa’’, disse a dona de casa.

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