Castanhal dos anos 50 revivida em maquete
A exposição permanente, “Castanhal Imagens para a história”, compete 14 anos e pode ser visitada na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo- Secult
Desde janeiro de 2010 ela está exposta na ‘Sala da Memória’, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo- Secult. A maquete retrata fielmente com riqueza de detalhes a Castanhal de 1950, quando os trilhos do trem que ia de Belém a Bragança, cortavam a cidade, e se destacava a majestosa estação.
São 14 anos que a exposição encanta quem passa pela por ela e pode observar os prédios da prefeitura, do cinema Argos, o primeiro prédio da igreja Matriz de São José, a escola Cônego Luiz Leitão, o coreto que ficava na praça em frente à matriz e as duas estações da Maria Fumaça.
O criador da verdadeira obra de arte é o memorialista Amilcar Carneiro, de 78 anos, que é um dos castanhalenses mais apaixonados pela cultura e história do município que completa 92 anos de emancipação política no dia 28 de janeiro.
“A maquete levou um ano do projeto à finalização. Foi criada a partir da pesquisa de fotos da época e de minha memória. A escala é de 1:87 obedecendo a escala do ferromodelismo conhecida por HO”, explicou.
A paixão por trens e modelismo, que é a recriação em escala reduzida, de modelos de carros, navios, aviões, helicópteros, comboios (trens) e até mesmo personagens, seu Amilcar conta que herdou do pai.
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“O projeto da maquete surgiu espontaneamente, como se estivesse latente em mim. Herdei de meu pai a paixão por trens e modelismo. Castanhal mudou radicalmente depois da estrada de ferro. Eu, como tantos outros acompanhei está mudança feliz com o progresso e modernismo urbano”, disse.
Fotografias
Além da maquete, a Sala da Memória expõe as fotografias do memorialista que compõe a “Castanhal Imagens para a história”.
“Um belo dia, revendo velhas fotos deparei com uma da estação ferroviária e tive um choque, nada mais restava da cidade de minha infância. Resolvi criar o projeto "Castanhal imagens para a história” que consistia em resgatar fotos antigas e fotografar os mesmos locais, além da maquete ambientada nos anos 1950, quando os trilhos cortavam a cidade onde se destacava a majestosa estação, a maior de todo o percurso depois da de São Brás em Belém”
Saudade
Seu Amilcar cresceu observando o progresso da cidade modelo e muitas coisas marcaram a sua vida e que deixaram saudade.
“O barulho do trem, o apito, o balanço dos vagões o cheiro do vapor da Maria fumaça, as filas no cinema Argus que meu pai era dono”, relembra.
Para ele Castanhal é o melhor lugar do mundo para se viver.
“Amor à terra natal quase todo mundo tem, mesmo estando distante, não foi meu caso, que nunca tive planos de morar em outro lugar, nunca me senti bem fora de Castanhal. Admiro muito a credibilidade dos moradores no progresso da cidade. Nascidos ou não aqui, há sempre o desejo de investir, progredir e trazer melhorias”, observou.
Presente para a aniversariante
“Gostaria de ver Castanhal mais bem cuidada, principalmente na questão lixo, reciclagem, compostagem etc. Mais arborização, mais zelo pelos cursos d'água. Isto seria um presente inestimável”, pontuou.
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