Capitania promove ações de prevenção ao escalpelamento

Entre 1982 até setembro de 2018 foram registrados 431 casos de escalpelamento

Redação Integrada ORM
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A Capitania dos Portos Amazônia Oriental (CPAOR) começou, nesta quarta-feira (17), uma ação de prevenção a acidentes com escalpelamentos. É a segunda campanha temática deste ano, desde as ações do Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento (28 de agosto). O trabalho será nos municípios de Breves, Curralinho, Limoeiro do Ajuru, Melgaço e Muaná, onde há os maiores índices de acidentes do tipo. Até o dia 3 de novembro, várias escolas e comunidades serão visitadas com orientação sobre como prevenir escalpelamentos.

Mulheres e crianças são as principais vítimas, como observa o capitão dos portos Santiago. Quase sempre ficam com graves sequelas físicas e psicológicas. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) aponta que grande parte das vítimas é oriunda de 42 municípios, localizados entre o arquipélago do Marajó e o oeste paraense.

Entre 1982 até setembro de 2018 foram registrados 431 casos de escalpelamento. Nos últimos três anos, as ocorrências foram: onze casos em 2015, seis em 2016, um em 2017 e cinco neste ano. 

Para Santiago, o volume de ocorrências ainda é muito alto. Por outro lado, muito menor do que os índices de dez ou vinte anos atrás. Isso, aponta o capitão dos portos, é resultado de sucessivas campanhas educativas e preventivas. 

A parceria entre a Sespa e a CPAOR começou em 2001. Mas só em 2008 foi criada a Comissão Estadual de Erradicação dos Acidentes com Escalpelamento. Entre as ações já promovidas estão a cobertura de carenagens, feita pelos militares da CPAOR. Trata-se de aplicação de proteção no eixo do motor. Desde 2009, por meio de lei federal, esse equipamento é obrigatório. Mais de três mil embarcações receberam proteção nos eixos. A instalação não tem custo para o dono da embarcação, pois é patrocinada por empresas privadas.

Atualmente, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará coordena o processo de implante de orelhas em vítimas desse tipo de acidente. Entre 2006 e 2017, foram 129 casos. As vítimas também recebem apoio no Espaço Acolher, mantido pela Fundação. Desde 2003, o espaço hospeda quem passou por esse tipo de acidente. São moradores de municípios do interior, que precisam dar continuidade ao tratamento médico em Belém.

A Marinha do Brasil pede que toda a população seja ativa na fiscalização da segurança marítima. A CPAOR pode ser acionada através do Disque Emergências Marítimas e Fluviais. Os telefones são 185, 3218-3950 e 99114-9187 (para WhatsApp).


Leia mais em:

Capitania dos Portos diz que Círio Fluvial 2019 terá regras mais rígidas

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