Campanha oferece testes rápidos contra hepatites virais e HIV em Salinópolis
A ação é da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e será realizada nos dias 28 e 29 de julho, em Salinópolis
Em Salinópolis, a campanha contra as hepatites virais será realizada na próxima sexta-feira (28), das 8h30 às 13h no Mercado Municipal de Salinópolis, e no sábado (29), na Orla do Maçarico das 17h às 21h. A ação é da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e conta com apoio de equipes da Coordenação Estadual de Hepatites Virais.
O grupo da ação estará nos locais para promover testes rápidos de hepatite B e C, sífilis e HIV, além de aplicar doses de vacina contra influenza, meningocócica, febre amarela, hepatite B e covid-19. Nos dias 21 e 22 de julho, a campanha esteve no Centro Integrado de Comando e Controle, na praia do Atalaia, e concedeu 212 testes rápidos e 89 doses de vacinas contra o vírus.
“O Julho Amarelo é uma campanha destinada a gerar conscientização da população a respeito das hepatites virais que são infecções silenciosas, ou seja, não costumam apresentar sintomas. Além dos testes realizados e vacinas aplicadas, fica o alerta a todos os que por aqui passaram e para a população em geral da importância da prevenção para evitar risco de contaminação”, disse a Coordenadora Estadual de Hepatites Virais, Marília Magalhães.
O que é a hepatite e o que fazer em caso de suspeita?
A campanha é voltada para Julho Amarelo, que trata das hepatites virais que são inflamações no fígado, causadas por vírus. Segundo a hepatologista Simone Conde, chefe do Setor de Gestão de Pesquisa e Inovação Tecnológica do Universitário João de Barros Barreto (HUJBB-UFPA/EBSERH), as hepatites causadas pelos vírus estão entre duas grandes categorias.
Os dois grupos são os hepatotrópicos clássicos, no qual atingem diretamente o fígado (como é o caso dos vírus A, B, C, D e E) e os vírus considerados não-clássicos, caracterizados por outros agentes virais que podem evoluir para uma hepatite, como o vírus da Febre Amarela e da Dengue. "Neste momento, em que relembramos o julho amarelo, nós estamos conscientizando especialmente sobre os vírus hepatotrópicos", disse Simone Conde.
Para entender, as hepatites A e E são de transmissão oral e fecal. Nesses casos, podem ser adquiridas por meio de ingestão de águas e alimentos contaminados. Já a hepatite E é a menos encontrada no Brasil. No caso das hepatites B, C e D, podem ser transmitidas verticalmente, como casos entre mãe e filho na gestação e no parto, por meio de relação sexual ou em situações parenteral (na utilização de agulhas, tesouras, alicates e seringas contaminadas).
Com relação à hepatite D, ocorre apenas em indivíduos que já foram infectados pela hepatite B, pois, segundo a explicação da hepatologista Simone Conde, a hepatite D precisa deste vírus para se replicar no organismo.
Em casos como contato com alguém que possua o vírus, seja pelo compartilhamento de objetos cortantes ou por meio da relação sexual desprotegida, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para fazer o teste rápido. O exame é realizado de forma segura, gratuita e em todos os municípios do Pará. Em caso de teste positivo, o paciente é encaminhado para o serviço especializado para iniciar o tratamento.
Nos hospitais universitários federais, geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), são oferecidos serviços especializados para acompanhamento dessas doenças. O Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA/Ebserh) também integra a campanha Julho Amarelo.
(Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador de Atualidades)
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