Calor fora do normal assusta os castanhalenses

Assim como a mudança climática em Belém, prevista para 2050

Patrícia Baía
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A notícia de que Belém poderá passar por um período de calor intenso que pode beirar os 50º por volta do ano de 2050 assustou os moradores de Castanhal, na região nordeste do estado, distante cerca de 60 quilômetros da capital.

“Meu Deus do céu. Se agora, em 2023, a gente já está passando mal de tanto calor, imagina mais para frente. É sinal de que nós, que moramos relativamente perto da capital, vamos sofrer quase igual. Eu lembro que em tempos passados o clima de Castanhal era tão diferente de Belém, que sempre foi conhecida por ser uma cidade calorenta. Mas, agora, estamos sentindo aqui um calor igual ao de Belém e isso assusta muito”, disse a empresária e educadora física Ray Moraes.

O levantamento foi feito pela ONG Carbon Plan, da Califórnia, e o jornal americano The Washington Post afirma que durante seis meses consecutivos, os moradores da capital paraense terão que lidar com a mudança climática drástica.

“Que notícia terrível, mas já estamos sofrendo um calor assustador. Hoje eu passei mal ao sair de uma consulta. Quando entrei na recepção do hospital senti como se estivesse em uma sauna. Até desisti de ir para o centro resolver umas coisas e chamei um carro de aplicativo para voltar para casa porque passei mal com o calor mesmo sem ter ido na rua”, relatou a empreendedora Josele Pinheiro.

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Para a Cleiciane Monteiro, dona de uma floricultura, o calor e as altas temperaturas têm afetado a saúde das plantas que vende, até mesmo aquelas que são mais resistentes ao sol.

“Passamos a regar a plantas até três vezes ao dia, antes era preciso fazer isso somente uma vez. Percebemos que a terra fica logo seca por causa do calor. Também deixamos de comprar plantas e flores que vêm de São Paulo porque elas certamente vão morrer aqui. Estão morrendo também as samambaias e as palmeiras, que são plantas para áreas externas acostumadas ao calor. A única forma de driblar essa alta temperatura é molhando-as com frequência”, aconselhou.

Cuidado com os Pets

Até os animais domésticos precisam de atenção nesse período, alerta o especialista em comportamento animal e dog walker, André Lossner. Os tutores de cães, por exemplo, precisam estabelecer horários onde o sol está mais ameno ou, preferencialmente, a noite para passear com seus pets, evitando, assim, que eles sofram com o calor excessivo. Espalhar recipientes com água pela casa para que eles possam se hidratar é outra medida recomendada.

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