BRT Metropolitano intensifica obras em 23 frentes de trabalho com mais de 900 funcionários
Projeto BRT vai garantir melhor mobilidade e qualidade de vida para região metropolitana.
As obras do BRT Metropolitano foram intensificadas pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano, na rodovia BR-316, com a chegada do verão. Atualmente, mais de 900 funcionários e 190 equipamentos estão dispostos em 23 frentes de trabalho. São serviços de drenagem, construção do viaduto, de passarelas, túneis e terminais. Esta é a maior obra de mobilidade urbana da região metropolitana e tem por objetivo garantir melhores condições de mobilidade à população. O foco é um transporte coletivo com viagens mais rápidas, seguras e confortáveis.
O sistema integrado do BRT Metropolitano deve reduzir consideravelmente o tempo de viagem com o funcionamento de ônibus expressos pelo corredor central na BR-316, por onde circulam aproximadamente 80 mil veículos diariamente.
“Em Ananindeua serão 10 linhas alimentadoras que vão para o terminal, e desse terminal vamos ter três linhas troncais, sendo duas que vão ao centro, fazendo paradas apenas no Entroncamento e em São Brás. E uma que vem até São Brás, fazendo paradas em todas as Estações”, adianta o diretor geral do NGTM, Eduardo Ribeiro. O Terminal de Marituba terá 12 linhas alimentadoras para atender também a população de Benevides e as três linhas troncais terão o mesmo itinerário das de Ananindeua.
Os dois terminais de integração do BRT Metropolitano vão atender cerca de 170 mil usuários/dia de transporte público quando em operação, podendo chegar a 20 mil por hora em horários de pico. Eles têm espaços amplos, confortáveis, seguros, com passarelas, elevadores, estacionamento, lanchonete, bilheteria, além de abrigar uma unidade da Estação Cidadania que oferecerá diversos serviços à população.
Além dos terminais de integração, estão em construção pelo NGTM uma nova rede de drenagem para solucionar os problemas de alagamentos, as pistas em pavimento de concreto por onde trafegarão os ônibus do BRT e um novo pavimento asfáltico, um viaduto, 13 passarelas, quatro túneis para que os ônibus do BRT tenham acesso aos terminais sem interferir no trânsito na BR-316, estações de passageiros e toda urbanização dos 10.8 km da rodovia, incluindo calçada e ciclovia em toda sua extensão.
“Estamos realizando o que chamamos de drenagem longitudinal. É a rede de drenagem que vai coletar as futuras águas desta bacia do entorno da BR e da pista. Essa é uma das atividades mais complexas da obra, a tubulação é bastante profunda, chegando em alguns trechos a mais de 5 metros de profundidade. Para você poder executar essa etapa, é preciso fazer desvios de tráfego para as pistas de concreto, garantindo as três faixas de circulação de veículos”, explica o engenheiro.
Obras em andamento
As obras dos Terminais de Ananindeua e de Marituba estão com suas edificações concluídas, faltando somente acabamento. Atualmente, estão passando pela conclusão das drenagens, o que vai permitir que se comecem as obras de terraplenagem e pavimentação das vias e pátios das Estações.
Os túneis, chamados tecnicamente de “passagens inferiores” de Ananindeua, estão com cerca de 60% executados e em fase de execução dos revestimentos internos e ligações com as drenagens do terminal. Já os de Marituba estão com cerca de 45% de avanço, a caminho de concluir as rampas de acesso para dar início aos acabamentos e ligações com as drenagens do terminal.
As obras das passarelas estão com a montagem de 4 passarelas em andamento, com a passarela 6 já em operação. Serão implementadas 13 passarelas, que devem estar concluídas até o final de janeiro de 2024. Elas permitirão a travessia segura de pedestres.
O viaduto de acesso ao terminal de Ananindeua e à rua Ananin segue com mais de 70% de avanço, devendo ser entregue ao tráfego até julho próximo. Nele, cerca de 103 mil metros cúbicos de aterro são empregados. Este será de extrema importância para dar mais fluidez ao tráfego, já que vai ligar a Cidade Nova e Guajará à BR-316 e ao terminal de Ananindeua.
Outra obra importante e que está em fase de finalização são as obras civis do Centro de Controle Operacional (CCO), que avançam com mais de 80% e começam a se aproximar da fase de comissionamento das instalações. Trata-se de um prédio com certificação sustentável, que será o cérebro do BRT, previsto para começar a operar ainda no primeiro semestre de 2024.
“A obra tem essa complexidade e tem diversas atividades, não estamos fazendo só as vias do BRT, estamos reurbanizando a BR, que deixará de ser rodovia para ser uma grande avenida, criando melhores condições para o pedestre, que terá um passeio novo, que antes não tinha, além de ciclovias, passarelas e estações de passageiros”, afirma Eduardo Ribeiro, diretor geral do NGTM.
Para a execução das obras, existe a ação integrada do Governo do Estado, proporcionando maior segurança de tráfego e das pessoas com a participação do DETRAN-PA, órgão gestor do tráfego na BR-316 e da Polícia Rodoviária Estadual.
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