BRT Metropolitano de Belém deve ser entregue em março de 2023; entenda o que muda
Na tarde desta quarta-feira (09), o governador Helder Barbalho fez uma visita para checar como estão as obras do Terminal de Integração de Ananindeua, que faz parte do projeto
Março de 2023 é o novo prazo para a conclusão das obras do BRT Metropolitano de Belém, sistema integrado de transporte que deve agilizar a mobilidade, primeiramente em Belém, Ananindeua, Marituba e, posteriormente, em Benevides. Com novo ritmo, os trabalhos foram retomados no fim de outubro a partir da substituição da empresa executora. O projeto começou a ser executado pelo Governo do Estado em janeiro de 2019 e faz parte da obra de requalificação da rodovia BR-316, que vai até pouco depois da Alça Viária, para promover uma mudança radical naquela que é considerada como a principal via de entrada e saída da capital paraense.
No fim da tarde desta quarta-feira (9), o governador Helder Barbalho realizou uma visita para para checar o andamento da obra no futuro Terminal de Integração de Ananindeua, que faz parte do projeto, em uma área de 22 m². A expectativa é de que cerca de 4 mil usuários do transporte coletivo da região passem por hora, nos horários de “pico” pelo Terminal, que receberá as linhas de ônibus que serão as alimentadoras do BRT
Helder Barbalho participou de uma reunião fechada com o diretor-geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), o engenheiro Eduardo Ribeiro, e com outros representantes da obra. Não houve entrevista coletiva por parte do governador, mas o titular do NGTM adiantou alguns detalhes sobre o atual momento da requalificação.
"Aqui [quilômetro 7 da rodovia BR-316] temos o Terminal de Integração de Ananindeua e um conjunto de obras viárias que vão possibilitar o acesso dos ônibus do BRT a esse terminal. O início da construção de dois túneis de acesso. Também já está em construção a estrutura de concreto do viaduto, que será concluído até o fim de julho, permitindo o acessos desses ônibus ao terminal. Os trabalhos estão em fase de retomada. O governador veio ter uma conversa com a área do governo que está tocando a obra, o NGTM. E com todo o grupo de empresas que executam e gerenciam a obra, no sentido de fechar as questões sobre prazos de execução", contou o engenheiro Eduardo Ribeiro.
Por que a obra atrasou?
Antes, o prazo para a entrega da obra era o fim de 2022. A pandemia da covid-19 está entre os fatores que atrasaram o serviço. "Tivemos o problema da pandemia, em que pese, hoje está muito menos grave, mas, ainda assim, quando há surgimento de novos casos, afeta toda a cadeia de insumos da obra. E a questão da substituição da empresa contratada também. Hoje, é um consórcio. Tivemos ordem de serviço no fim de outubro do ano passado. Houve um período de mobilização. Daqui para frente, temos essa meta de conclusão final da obra até o início de 2023", frisou o diretor-geral NGTM.
No canteiro central do corredor exclusivo do BRT Metropolitano, serão 21.6 quilômetros de pavimento rígido – estrutura adequada para o modal – que iniciaram em dezembro do ano passado. A construção foi dividida em três trechos, ao longo dos primeiros 10.8 quilômetros da via, a fim de minimizar os transtornos aos usuários da rodovia BR-316. O primeiro, já em execução, vai do viaduto da Mário Covas até a altura do quilômetro 7, próximo ao Instituto Evandro Chagas (IEC). Os outros dois trechos, ainda não iniciados, são: do Entroncamento até o viaduto do Coqueiro; e da altura do quilômetro 7 até o Terminal de Integração de Marituba, que também já está em construção, no quilômetro 10.8.
"Hoje estamos trabalhando na questão dos lançamentos de drenagem. Iniciando a terraplanagem do canteiro central do viaduto da Mário Covas até o KM 7. A terraplanagem é para que possamos avançar na execução do pavimento rígido. Avançar nas pistas em concreto, onde o ônibus BRT andará. Possibilitará a gente a desviar o tráfego de faixas da BR para essa faixa de concreto no canteiro central. A partir daí, a drenagem, que vai escoar a água, porque, hoje, a BR tem uma drenagem muito antiga e precária. Quando fizermos essa nova drenagem, vamos poder desviar o tráfego para o canteiro central", contou o engenheiro do NGTM.
Ainda neste semestre, o governo do Estado, por meio do NGTM, realizará audiências públicas nos municípios beneficiados pelo sistema (Belém, Ananindeua, Marituba e Benevides) para tratar sobre a licitação das linhas de ônibus do BRT Metropolitano.
O tempo de viagem será reduzido para quanto?
Com o BRT metropolitano, a expectativa é reduzir o tempo de viagem em cerca de 50% de Marituba até Belém e vice-versa. "O grande beneficiário são todos os usuários do sistema de transporte da Região Metropolitana de Belém. Essa obra estando concluída, uma pessoa que, hoje, leva uma hora e meia de viagem entre Marituba e Belém, dependendo de como esteja a BR em termo de tráfego, vai levar trinta minutos até São Brás. Um benefício socioeconômico e ambiental para toda a comunidade", concluiu Eduardo Ribeiro.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA