Atendimento às famílias de Ourém que foram atingidas pelas cheias segue nesta segunda-feira (23)

Entre as ações emergenciais, está a instalação de um gabinete de crise com agentes estaduais e municipais multissetoriais na cidade

O Liberal

O município de Ourém, nordeste paraense, segue recebendo ações emergenciais do governo do Estado. Desde o último domingo (22), equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), juntamente com a prefeitura e secretarias municipais de Ourém, estão visitando as áreas atingidas pelas fortes chuvas e que causaram a elevação no nível dos rios.

Como principal medida foi instalado um gabinete de crise com agentes estaduais e municipais multissetoriais, que seguem monitorando condições de clima e tempo na região para que novas pessoas não sejam impactadas. Também é feita a consolidação e compilação de dados para poder ter uma real dimensão e aplicação de ajuda humanitária, como o programa "Recomeçar", que garante a concessão de um salário mínimo para utilização na reconstrução de imóveis danificados, e a entrega de cestas humanitárias.

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De acordo com o Major Bruno, da Coordenadoria de Defesa Civil, como primeira resposta do Estado, o Governador decreta situação de emergência em âmbito estadual para criar uma situação jurídica especial de acordo com a legislação vigente, afim de dar celeridade as ações de resposta e restabelecimento das áreas afetadas por este desastre.

"Os principais danos e prejuízos que foram verificados foram principalmente o isolamento parcial ou total de vicinais, PA-251 e PA- 141. Deixando municípios em condição de isolamento parcial, também tivemos várias casas que foram alagadas, pessoas desalojadas e os órgãos de Defesa Civil estão em monitoramento constante da situação", detalhou o major Bruno.

As ações do Governo do Estado para garantir o deslocamento dos moradores iniciaram ainda no domingo (21), com uma obra para construção de um desvio na PA-124 que leva até a PA-251, ligando o município de Ourém até São Miguel do Guamá. O acesso foi liberado no final do dia.

O gerente de benefícios assistências da Seaster, Sérgio Costa, explicou o objetivo dos trabalhos da secretaria que estão sendo feitos até agora. "O papel da Seaster é vir ao município para atender essas famílias que foram atingidas, e neste sentido atendê-las através do benefício eventual que também faz parte das políticas de assistência social do governo do Estado", disse. 

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Sob avaliação

Após 24 horas de levantamentos 'In loco', a prefeitura municipal estima que o total de famílias atingidas já ultrapassou 1.500. Para Keldma Manos Cruz, secretária municipal de assistência social de Ourém, as cheias dos Rios Guamá, Curuçá, Vermelho e Rio Caetés causaram muitos danos e graças a parceira com o governo do Estado está sendo possível ajudar os moradores.

"Em nossas vistorias estamos encontrando pessoas com perdas totais de bens e imóveis, casas rachadas, paredes caindo, estamos fazendo um mutirão para levar alimentos prontos, como sopa para as famílias. São muitas famílias que antes tinham tudo e agora não tem mais nada" relatou a gestora. Sobre a parceira com o governo do Estado, a Secretária destaca o apoio integrado das Secretaria estaduais.

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"Temos uma gratidão muito grande pelo governador Helder Barbalho. Ele deixou os seus compromissos e veio aqui ver de perto a nossa situação, e ele fez com que toda a equipe dele estivesse aqui com a gente desde o começo e está até agora", finalizou. 

A moradora do bairro Pantanal, Camila Souza do Rosário, de 29 anos,  diz que todas as ajudas que já chegaram para os moradores estão sendo importantes, mas com o continuidade das chuvas será preciso ainda mais. "Em 2020 a gente passou por uma inundação, mas não foi como essa de agora. A gente sabe que não é culpa dos nossos gestores, são forças da natureza, mas a gente pede ajuda, apesar de já termos recebido bastante, mas continuarmos aqui nessa luta. Não perdemos bens materiais de casa, mas perdemos a bomba d'água, motor do portão elétrico. Só de perder o que a gente tenta conquistar no dia a dia, trabalhando com muito suor, muita luta, a gente fica de coração partido", lamentou.

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