Após alta de 80%, contaminação de jovens no Pará cai em abril

Rejuvenescimento da pandemia preocupa especialistas

Eduardo Laviano
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O Brasil vive o que os especialistas chamam de um rejuvenescimento da pandemia. Enquanto no pico mundial de contaminação, em 2020, a maioria dos infectados, internados e vítimas eram os idosos, em 2021 o cenário mudou e são os mais jovens que estão sendo alvo do vírus com mais frequência.

No Pará, segundo os dados Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o mês de março registrou um aumento de 82,18% em relação aos casos registrados em fevereiro entre jovens de 30 a 39 anos.

Entre quem tem 40 e 49 anos, o salto nas infecções no mesmo período chegou a 82,07%. Na faixa etária entre 50 e 59 anos, o aumento entre fevereiro e março de 2021 foi de 80,22%.

Todos os índices, porém, diminuíram em abril no estado. Na faixa entre 30 e 39 anos, a redução foi de 55%. Entre 40 e 49 e entre 50 e 59 anos, as quedas foram de 54%.

Abril de 2021 registrou, pela primeira vez, uma maioria de pessoas com menos de 40 anos nas Unidades de Tratamento Intensivo ( UTI ) no Brasil. Em março, a taxa bateu recorde, com 52,2% dos leitos ocupados por jovens, de acordo com dados da plataforma UTIs Brasileiras, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

As explicações para o momento atual da pandemia no Brasil é consenso entre os especialistas. A primeira é que as novas variantes do novo coronavírus (Sars-Cov-2) devem ser mais agressivas.

A segunda é que a falta de cuidados da população com relação ao distanciamento social pode estar prejudicando, sobretudo, os mais jovens.

Por fim, também dá para concluir que a vacinação dos idosos tem ajudado a conter os casos mais graves nessa faixa etária.

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