Aparelhos auditivos são distribuídos gratuitamente pela Policlínica Metropolitana
Até o final do ano, cerca de 120 pacientes serão beneficiados pela iniciativa
Os pacientes que apresentam dificuldades auditiva comprovada através de exames poderão ser contemplados com aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI). A iniciativa é da Policlínica Metropolitana do Pará, para as pessoas que tenham passado, previamente, por uma consulta na unidade nas especialidades de otorrinolaringologia e fonoaudiologia.
O serviço é gratuito e coordenado pelo Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA). Até o final do ano, cerca de 120 paraenses poderão melhorar a qualidade de vida com os novos aparelhos. O titular da pasta, Rômulo Rodovalho, explica que a iniciativa visa dar qualidade de vida aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Os aparelhos auditivos são ferramentas para melhorar a audição do seu usuário. Como forma de alcançar os pacientes que precisam deste recurso para viver com mais dignidade, o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde Pública (Sespa), oferece os aparelhos aos usuários da Policlínica Metropolitana, unidade referência da rede em atendimentos especializados com profissionais altamente qualificados em suas respectivas áreas médicas e não médicas”, destacou o secretário.
Oportunidade para viver melhor
O autônomo Carlos Alberto Serrão, de 65 anos, há quatro anos convive com a perda gradativa da audição. Após consultas na Policlínica para investigar outra patologia, ele se queixou sobre a dificuldade em ouvir. Após exames, foi identificado a perda de 40% da audição esquerda e 60% do lado direito.
“É horrível conviver tendo de se esforçar para entender claramente as pessoas. Fiz diversas avaliações na Policlínica e serei contemplado com esse aparelho. Para mim, vai ser uma mudança de vida. Pois já fiz o teste, e ouvi as coisas como antes, quando eu era mais jovem. Isso é uma felicidade”, comemorou.
Compacto e de fácil adaptação, o aparelho auditivo funciona dessa forma: é captado um som por meio do microfone e que converte as ondas sonoras em sinais elétricos. Esses sinais são enviados diretamente a um amplificador. Nessa etapa, o amplificador aumenta a potência dos sinais e os envia para o ouvido através do receptor.
O aparelho do autônomo tem vida útil de até 1 ano e seis meses, dependendo dos cuidados. “Primeiro são feitos testes, e na hora que colocamos, fazemos a regulagem através de bluetooth. Cada lado de acordo com a necessidade. Damos uma cartilha com todas as informações de uso, como tirá-lo, como funcionam as baterias. Após a colocação, o paciente volta em dois meses, depois em quatro e depois a cada seis meses”, relata Perla Barbosa, fonoaudióloga e responsável técnica pelo serviço AASI.
Atendimento multidisciplinar
A coordenadora da equipe de fonoaudiologia da Policlínica Metropolitana, Ana Cristina Pereira, explica que após rigorosa avaliação os pacientes são inseridos na seleção. “As patologias mais frequentes nos consultórios da Poli são as perdas auditivas em adultos e idosos, como a presbiacusia; a perda auditiva pós-covid e a perda auditiva decorrente de exposição a ruído ocupacional. Em crianças, a queixa mais recorrente é a perda auditiva congênita ou por otite de repetição”, pontua a especialista.
Para chegar a um diagnóstico de perda auditiva, também é ofertado uma série de exames como o audiometria tonal; logoaudiometria; imitanciometria e BERA - com sedação e sem sedação- que avalia o sistema auditivo, verificando a integridade das vias auditivas da orelha interna até o córtex cerebral, e se há perda auditiva.
Acesso aos serviços
Para ter acesso aos serviços, o paciente deve ser inscrito em uma Unidade Básica de Saúde, e regulado através do Sistema de Regulação do Estado (SisReg). As entregas e a regulagem dos aparelhos são feitas todas as terças e quintas-feiras, a partir das 14h. A inclusão também pode ser feita por meio do programa da Policlínica, o Triagem Pós-Covid, através de encaminhamentos internos de outras especialidades médicas.
(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)
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