Alunos de colégio em Icoaraci recebem orientação sobre prevenção contra dengue, Zika e chikungunya
Ação faz parte do programa de combate às arboviroses na capital paraense
Alunos do 1° e 2° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Jorge Lopes Raposo, no distrito de Icoaraci receberam técnicos da equipe de Educação e Saúde do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) na tarde desta quarta-feira (28), com o objetivo de orientar os alunos sobre como se prevenir de doenças como a dengue, Zika vírus e chikungunya.
A palestra "Arboviroses na Escola" foi ministrada nas turmas 104, 105, 106, 202 e 205, sob a supervisão das professoras de Língua Portuguesa, Neth Lisboa e Juliany Fonseca, visando orientar os estudantes para que possam ser agentes multiplicadores dentro de casa e no entorno da escola, considerada uma área onde há casos constatados de pacientes com dengue e que, por esse motivo, merece uma atenção especial para o combate à proliferação do mosquito transmissor a fim de evitar a contaminação.
Uma das palestrantes, a técnica Silvia Nunes, da equipe de Educação e Saúde do Departamento de Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), o Brasil está em campanha nacional de combate ao Aedes Aegypti, vetor de doenças como a dengue, Zika vírus e chikungunya que têm causado alto índice de infestação tanto predial quanto de doenças.
“Segundo pesquisa na área, detectamos um índice alto do vetor tanto no quarteirão da escola quanto nas adjacências e o momento é propício para que os alunos obtenham informações corretas para serem agentes multiplicadores no combate ao Aedes Aegypti na casa deles ou na vizinhança, repassando as orientações de uma forma bem simples e acessível para entender que com alguns cuidados nós podemos evitar que o mosquito se prolifere”, disse.
A propagação do Aedes aegypti, que tem como principais características pintas brancas nas pernas, ocorre com mais frequência nas áreas urbanas. Para sobreviver, o mosquito da dengue precisa de água, abrigo e alimento. “Na palestra, vimos que podemos tirar uma dessas situações para que a gente consiga combater. Exemplo: o abrigo do Aedes é a nossa casa. Ele nasce no pneu, na caixa d'água ou no depósito natural e vai procurar abrigo porque uma gota de chuva mata o mosquito”.
Os alunos também foram orientados sobre o comportamento do mosquito, que não gosta de sol e nasce no crepúsculo, às seis horas da manhã e da tarde. A fêmea do mosquito alimenta-se do sangue e precisa dos criadouros com água parada para se reproduzir. Em média, coloca de 800 a 1.000 ovos e possui um ciclo de vida de 30 a 35 dias.
“Então, se eu limpo o meu quintal vou automaticamente expulsar o mosquito dali, porque o instinto animal de sobrevivência vai procurar um depósito onde possa procriar”, reforçou Silvia Nunes.
Segundo ela, a prevenção é o primeiro passo para evitar uma possível contaminação que se dá quando o mosquito se alimenta do sangue de uma pessoa infectada e poderá transmitir as doenças ao se alimentar do sangue de outras pessoas. “Há um período de incubação de 4 a 7 dias para que a pessoa comece a sentir os primeiros sintomas. No caso da dengue, febre súbita e dor de cabeça e ao final de sete dias surgem as pintinhas vermelhas”, concluiu ela.
Agregando conhecimentos
Segundo a professora de Língua Portuguesa, Juliany Fonseca, os alunos das turmas 106, 202 e 205 irão aproveitar as informações obtidas na palestra para produzir textos nos gêneros notícia e anúncio publicitário, que poderão ser distribuídos às comunidades. “A palestra foi muito bem-vinda, porque além de falar de um assunto importante e que merece atenção especial de toda a população, nos permite trabalhar a transversalidade a partir de gêneros que podem ser facilmente absorvidos pela comunidade”, disse.
Os alunos da turma 205, que já estão trabalhando com os gêneros textuais “notícia e reportagem”, aproveitaram para colocar em prática o que aprenderam na última aula e puderam exercitar as técnicas de uma entrevista oral, com perguntas direcionadas à palestrante que subsidiarão suas produções textuais.
“Nunca tinha tido essa experiência de uma entrevista ao vivo em sala de aula, ainda mais com um assunto tão latente no Brasil e em Icoaraci. Isso pode nos ajudar muito a fazer uma boa redação. Foi muito bom tê-la como emissora de informação e nós como receptores. Agora também nos tornaremos emissores, pois vamos repassar essa mensagem para que mais pessoas possam se prevenir e se cuidar de doenças como dengue, chikungunya e Zika”, disse Rafael Ramos, aluno do 2° ano do Ensino Médio da turma 205.
Trabalhando juntos
Segundo a professora das turmas 104 e 105 de Língua Portuguesa, Neth Lisboa, a parceria entre a escola e a Sesma está levando aos alunos uma série de palestras educativas, com o intuito de orientar e alertar a comunidade escolar a respeito de vários temas transversais e também de saúde.
“É de suma importância a realização de palestras e rodas de conversas sobre os mais diversos temas, uma vez que desenvolve também a habilidade comunicativa nos alunos e proporciona aumentar o conhecimento acerca das temáticas abordadas nas palestras”.
Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de Fabiana Batista, coordenadora do núcleo de Atualidades)
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