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Alunos do sudoeste paraense participam da soltura de 3.275 mil quelônios no rio Xingu

A iniciativa sensibiliza crianças e adolescentes sobre a preservação ambiental e reforça a importância das tartarugas para o equilíbrio do bioma amazônico

Rafael Lédo

Para conscientizar e fomentar o cuidado com a biodiversidade de forma prática, mais de 60 alunos do ensino fundamental das escolas municipais Bom Jesus, localizada no município de Vitória do Xingu, e Sol Elarrat Canto, em Senador José Porfírio, no Pará, participaram como voluntários da soltura de 3.275 mil quelônios, entre tartarugas-da-amazônia, tracajás e pitiús. A atividade ocorreu na Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal, em Senador José Porfírio, considerada uma das principais áreas de reprodução dos quelônios da região.

Os alunos acordaram bem cedo para se deslocar até uma das praias do Tabuleiro do Embaubal, onde participaram da escavação dos ninhos de tartarugas na areia, da coleta e da soltura dos filhotes no rio, com o acompanhamento de biólogos e professores.

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Com os olhos brilhando e a sensação de dever cumprido, Vitor Gabriel, aluno do 9º ano da escola Bom Jesus, compartilhou sua emoção ao participar da atividade. “Eu estou muito feliz, porque tenho o privilégio de ver isso aqui no lugar onde moro. Essa é a terceira vez que participo. A gente colocou mais de 300 filhotes na caixa e fiquei olhando: ‘Caramba, a natureza é perfeita”, contou o estudante.

A professora Márcia Dias, da escola Bom Jesus, destacou a alegria dos alunos e de toda comunidade em participar de ações educativas realizadas de forma prática e fora dos muros da escola. “Para a gente, é muito gratificante, e é uma aprendizagem que eles vão levar para casa, para a família e para a vida toda”, ressaltou.

Esta é primeira vez que o projeto Tartarugas do Xingu inclui estudantes de escolas da região do Tabuleiro do Embaubal na ação voluntária. O objetivo é sensibilizar as futuras gerações sobre a importância das tartarugas para o bioma, além de conscientizar sobre os impactos da caça predatória. “A Norte Energia desenvolve os estudos e apoia a proteção das espécies nesse berço da biodiversidade, enquanto essas crianças e adolescentes moram na beira do rio e vivenciam o dia a dia da floresta. Esse encontro de experiências, no qual utilizamos os conhecimentos deles para demonstrar a importância dos quelônios, é de uma riqueza tão grande. Ficamos realmente realizados em perceber que isso vai aumentando neles o sentimento de pertencimento e de proteção da biodiversidade amazônica”, explica Roberto Silva, gerente de Meios Físico e Biótico da Norte Energia.

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A ação integra o projeto de voluntariado Tartarugas do Xingu, realizado na região pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). O projeto envolve voluntários da Norte Energia para auxiliar o nascimento e soltura dos filhotes no Rio Xingu. A ação faz parte do Programa de Conservação e Manejo de Quelônios da UHE Belo Monte, desenvolvido pela empresa, em parceria com Ideflor-Bio. Desde o começo do programa, em 2011, mais de 7 milhões de filhotes foram devolvidos à natureza. 

Em 2024, o monitoramento constatou 1.748 ninhos das três espécies. O trabalho começou em agosto com o monitoramento da reprodução. A desova foi até o final do mês de novembro, enquanto a eclosão iniciou em dezembro. Até o momento, mais de 269 mil filhotes das três espécies foram liberados nas 20 praias do Tabuleiro do Embaubal. As atividades seguem até o final de janeiro.

(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de Oliberal.com)

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