Agora rei, Charles já esteve no Pará: dançou carimbó e plantou árvore
Príncipe Charles, agora Rei Charles III já esteve no Pará em duas oportunidades: visitou Santarém e Parauapebas
Em março de 2009, o agora Rei Charles III, herdeiro da Coroa britânica, desembarcou no município de Santarém, oeste do Pará, para realizar visitas em alguns projetos ambientais do município. Após o desembarque, ele seguiu direto para a vila balneária de Alter do Chão, localizada a cerca de 37km da zona urbana da cidade.
Na ocasião, ele esteve reunido com a então governadora, Ana Júlia Carepa, além de pesquisadores e lideranças locais. Charles vinha de Manaus, capital do Amazonas, onde também teve extensa agenda, ao lado da duquesa Camila Parker, sua segunda esposa e futura rainha consorte da Inglaterra, que ficou na capital amazonense enquanto Charles passou pela região Oeste do Pará.
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Na breve estadia pelo Pará, Charles visitou também a cidade de Belterra, que faz parte da região metropolitana de Santarém, onde conheceu a Floresta Nacional do Tapajós. A área visitada é uma unidade de conservação que trabalha o uso sustentável dos recursos naturais. Nessa região há forte atividade de manejo florestal realizado pelos comunitários, entre as quais estão a extração da andiroba, látex, biojoias, meliponicultura e ainda atividades turísticas, principalmente quando as faixas de praias cristalinas em meio a floresta amazônica estão mais evidentes nos períodos de seca.
A intenção da visita da autoridade monárquica na época era o investimento para a manutenção de projetos, com o objetivo de reforçar a continuidade do uso sustentável da natureza.
Segundo a então governadora Ana Júlia, a visita do príncipe no Pará ocorreu depois de um convite feito por ela no ano de 2008, quando esteve com ele em Londres. Na ocasião, ela citou o projeto de reflorestamento com 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia, o que despertou o interesse do príncipe. Neste período ele mantinha a fundação Prince's Rainforest Project, em português significa o "Projeto de Florestas Tropicais do Príncipe”.
Para Ana Júlia, essa foi uma oportunidade para o herdeiro da Coroa conhecer a realidade da região. “Ele mostrou interesse no projeto de desenvolvimento sustentável. Essa foi uma oportunidade de mostrar para o mundo que nós queremos sim o apoio financeiro, mas de maneira soberana, porque nós contribuímos com o desenvolvimento do mundo, porque aqui que tem a maior floresta tropical e onde a população tem ser respeitada”, destacou ela, relembrando a visita.
A ex-governadora Carepa destacou que os amazônidas possuem projetos sustentáveis bem organizados, que geram emprego e renda. “Os recursos florestais não são intocáveis para nós, mas são utilizados de forma que eles possam ser renovados e continuar existindo. A gente usa os recursos, mas a floresta se mantém porque ela está sempre se renovando”, contou.
Durante a visita, que contou com a imprensa e autoridades locais, com grande número de moradores da cidade acompanhando a comitiva, também houve uma apresentação de grupo de carimbó local, onde o então príncipe arriscou alguns passos, mostrando simpatia.
Entre os fotógrafos que acompanhavam o grupo estava o fotojornalista Paulo Santos, que atuava pela agência internacional Reuters e que registrou imagens exclusivas, cedidas gentilmente para esta reportagem. “Ele era muito simpático, educado, lembro que na hora que estávamos no barco, eu fui o fotógrafo escolhido para subir até a reunião e tirar fotos, tive uns 3 minutos para fazer isso. Foi um dia muito interessante. A governadora da época que era a Ana Júlia, estava muito animada e tirou ele para dançar carimbó. Isso teve bastante repercussão”, relatou.
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