Será celebrado nesta quarta-feira (28), em todo o Brasil, o Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, instituído pela Lei nº 12.199/2010. O Pará, um dos estados mais afetados por esse acidente, apresenta dados de redução de até 50% nos casos de escalpelamento entre os anos de 2021 e 2023, segundo números divulgados pela Marinha do Brasil. Em 2021, o estado registrou 14 casos de escalpelamento. A redução continuou em 2022 e 2023, com 7 casos registrados em cada um desses anos. Até agosto de 2024, foram contabilizados 4 casos.

Prevenção

A Marinha do Brasil tem intensificado suas ações de prevenção, promovendo atividades educativas e instalando dispositivos de proteção em motores e partes móveis das embarcações. Além disso, toucas essenciais para a proteção das mulheres e meninas estão sendo distribuídas pela associação civil Empório Naval.

O escalpelamento é um acidente com consequências graves, incluindo dores crônicas e dificuldades na audição, visão e fala. O tra​tamento envolve múltiplas cirurgias plásticas e acompanhamento psicológico, muitas vezes se estendendo por toda a vida.

História de superação

Um exemplo da gravidade desse tipo de acidente é a história de Deusiane Pantoja de Almeida, que sofreu um escalpelamento em 2001, no rio Cairari, em Moju. Com apenas 15 anos na época, Deusiane perdeu o couro cabeludo e passou por 38 procedimentos cirúrgicos desde então. “O acidente mudou minha vida completamente”, relata Deusiane, que enfrenta dificuldades diárias, incluindo a necessidade constante de usar óculos e aplicar colírios.