Acervo do violonista Sebastião Tapajós é catalogado e restaurado
A catalogação da obra desse que é um violonista consagrado no Pará, Brasil e no mundo conta com as mãos de especialistas
O acervo musical do violonista Sebastião Tapajós será catalogado em uma plataforma digital que será disponibilizada para o público. A iniciativa é do Instituto Sebastião Tapajós (IST), por meio do projeto “Sebastião Tapajós- Vida e Obra em plataforma digital”. O projeto tem a parceria da Universidade Federal Oeste do Pará (Ufopa), Universidade Federal do Pará (UFPA), e apoio do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac) do MPPA.
O objetivo é reunir todo o acervo do violonista e compositor para disponibilizar em um museu virtual. O projeto realiza as atividades no Theatro Victória, onde funciona o Nierac, coordenado pela promotora de Justiça Braga, e se encontra na etapa de separação e catalogação de reportagens, programas e outros itens em papel.
A catalogação da obra desse que é um violonista consagrado no Pará, Brasil e no mundo, conta com as mãos de especialistas como restauradores, museólogos, além de estagiários bolsistas selecionados por um edital oriundo da parceria com a Ufopa, através do Projeto de extensão "Luz e Ação da Amazônia".
O restaurador do Grupo de Pesquisa Memórias e Acervos na Amazônia da UFPA, Antônio Pacheco Neto, especialista no restauro e conservação de acervos em papel, está coordenando a equipe. Ele explica que o trabalho inicial de restauração está em posse de itens do artista como jornais, revistas, partituras, fotografias e correspondências que estavam na casa do violonista. “Foi identificado que o acervo abrange o período de 1961 até 2022. São mais de 50 anos de jornais e notícias que mostram toda a trajetória da carreira dele”, relatou o especialista.
Ainda segundo o restaurador, após a separação do material por ano, os itens devem passar por higienização e posteriormente acondicionamento adequado em caixas-arquivo, que poderão ser consultadas como objetos de pesquisa e produção de conhecimento.
Já a outra parte dos objetos, que incluem discos e violões, serão tratados por museólogas, conforme informou o restaurador.
Em busca de parcerias
Cristina Caetano, presidente do instituto Sebastião Tapajós e coordenadora do projeto, conta que as atividades do projeto estão sem local fixo para dar continuidade aos trabalhos.
“Por essa razão, abrimos diálogos com governo do estado e Ministério Público para conseguirmos um lugar adequado para trabalharmos o projeto. Solicitamos um espaço para o Instituto ao governo do estado.No entanto, é uma tentativa que ainda não nos foi respondida”, contou.
Ela relata que o MP respondeu a solicitação de colaboração e cedeu um espaço no Theatro Victória.“Atualmente, estamos no prédio que está sob responsabilidade do MP.Mas temos um acervo grande a ser disponibilizado para museu e para pesquisa”, enfatizou.
Sobre o Instituto
O Instituto Sebastião Tapajós tem a difusão da obra e acervo do músico, desenvolve projetos de educação musical para jovens de baixa renda.
Sebastião Pena Marcião, chamado carinhosamente de Tião por amigos e fãs, nasceu em 16 de abril de 1942. O músico trilhou um caminho de fama internacional na música. Tião lançou ao longo de sua carreira mais de 50 discos.
Conhecido internacionalmente, ao longo da carreira, lançou mais de 50 discos. Sebastião fez shows no Brasil e na Europa, suas melodias únicas marcaram momentos na vida das milhares de pessoas que conheceram a grandiosidade do seu trabalho.
Tião morreu em Santarém, no dia 2 de outubro de 2021. Na ocasião, fãs e familiares se despediram do artista no palco da Casa de Cultura de Santarém, lugar onde por diversas vezes o violonista de renome internacional encantou a todos com seu o dom.
A parceria do projeto com o Nierac/MPPA faz parte dos objetivos do Núcleo, vinculado ao Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos, dentre os quais enquadra-se a promoção de pesquisas e ações educativas.
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