Açaí, tucumã e buriti são insumos da Amazônia mais estudados, mostra pesquisa

Também são comuns piper, aniba, castanha do brasil, andiroba, cupuaçu, guaraná e bacaba

O Liberal
fonte

A publicação “Bioeconomia amazônica: uma navegação pelas fronteiras científicas e potenciais de inovação”, realizada pela World-Transforming Technologies (WTT) com a participação da Agência Bori, mostra que o açaí, tucumã e buriti são os insumos da Amazônia que mais apareceram em pesquisas científicas publicadas entre 2017 e 2021 por instituições brasileiras de estudo sobre matérias-primas da região. Além desses, também aparecem piper, aniba, castanha do brasil, andiroba, cupuaçu, guaraná e bacaba.

Divulgados na sexta-feira (8), os dados foram obtidos a partir de um mapeamento de pesquisas recentes publicadas na forma de artigos científicos na base internacional de periódicos Web of Science. A aplicação desses produtos pode ser feita em diversas atividades industriais: produtos artesanais, fabricação de tecidos, artesanato, fios e redes de pesca, compósitos cimentícios para construções sustentáveis, filmes biodegradáveis.

Pela análise dos pesquisadores, diversos estudos já utilizaram os insumos amazônicos para aplicação na saúde. Alguns artigos tiveram como objetivo compreender como os conhecimentos tradicionais contribuem para o tratamento de algumas patologias, além de pesquisas em áreas como tratamento de câncer, desenvolvimento de novos medicamentos, alimentos funcionais e outros. Fora isso, o trabalho também teve o intuito de conceder mais visibilidade às pesquisas com potencial de aplicação para o desenvolvimento da região.

Além dos resultados do levantamento, a publicação traz cinco artigos analíticos inéditos escritos por pesquisadores, gestores e empreendedores de renome na área: Carina Pimenta, Júlia Sekula, Mariana Barrella, Ricardo Abramovay e Tatiana Schor. Os autores escrevem sobre a relação entre bioeconomia, desenvolvimento científico e tecnológico e a preservação do meio ambiente e geração de empregos.

“A biodiversidade amazônica é de uma riqueza extraordinária. Se formos capazes de aplicar ciência à essa riqueza, e transformá-la em inovações – produtos e serviços que melhoram a vida das pessoas – os resultados serão fantásticos”, explica Andre Wongtschowski, gerente de operações da World-Transforming Technologies (WTT) e idealizador do estudo.

O levantamento, que mapeou 1.070 artigos científicos publicados nos últimos cinco anos, revela que ciência das plantas, ciências ambientais, ciência e tecnologia de alimentos, ecologia e bioquímica molecular são as áreas científicas com mais artigos que estudaram os insumos da Amazônia. Dentre as instituições com mais trabalhos na área, destacam-se a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ