Viciados em redes sociais processam Meta, TikTok, Google e Snapchat; entenda

Centenas de famílias envolvidas no processo afirmam que as grandes empresas de tecnologia conscientemente expõem crianças a conteúdos prejudiciais

Juliana Maia
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Famílias de várias partes dos Estados Unidos estão processando as grandes empresas Meta, TikTok, Google e Snapchat. A ação judicial está relacionada aos conteúdos e produtos que, segundo os envolvidos, são expostos a crianças de forma intencional por estas marcas.

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Taylor Little, do Colorado, é uma das pessoas responsáveis pelo processo e explica que, aos 12 anos, teve contato com conteúdos que a deixaram viciada nas redes sociais. "Eu literalmente estava aprisionado pela dependência e não recuperei minha vida durante toda a adolescência", contou ao BBC.

A vida de Taylor era totalmente diferente antes da exposição às telas. Ao receber o primeiro smartphone, parou de praticar esportes, deixou de lado as aulas de dança e teatro, e passou a sofrer com distúrbios alimentares.

Segundo o norte-americano, a primeira notificação que viu e clicou no celular estava relacionada a imagens sensíveis de ferimentos e cortes. "Aos 11 anos, acessei uma página e vi isso sem aviso. Não procurei por esse tema. Tenho 21 anos e ainda consigo ver [as imagens]."

"Eles sabem que nós estamos morrendo. E não se importam. Eles ganham dinheiro com a nossa morte.Toda esperança que tenho para uma mídia social melhor depende inteiramente de nós vencermos [a ação] e forçá-los a fazer [as mudanças], porque eles nunca, nunca, nunca escolherão fazer isso por conta própria", ressalta.

O que dizem as empresas

Meta

Em uma nota publicada, a Meta afirmou que está com os pensamentos nas famílias representadas nas queixas. A empresa reforçou o desejo de tranquilizar os pais das crianças que acessam suas plataformas.

"Temos os interesses deles no trabalho que estamos fazendo para fornecer experiências online seguras e de apoio aos adolescentes."

Google

Em uma declaração oficial, a empresa declarou sua posição contrária à ação que corre nos EUA. "As alegações nessas queixas simplesmente não são verdadeiras. Proteger as crianças em todas as plataformas sempre foi fundamental para o nosso trabalho."

Snapchat

O Snapchat alegou que o aplicativo de mensagens multimídia, desenvolvido pela Snap Inc., foi projetado para eliminar a pressão de ser "perfeito" ou reforçar padrões. "Verificamos todo o conteúdo antes que possa atingir um grande público para evitar a propagação de qualquer coisa que possa ser prejudicial", afirmou.

(*Juliana Maia, estagiária de jornalismo, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Mirelly Pires)

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