Vaticano divulga imagens do papa Francisco no caixão; funeral será no sábado

Caixão com o corpo de Francisco permanece na capela da residência de Santa Marta, onde ele faleceu

Toni CERDÀ (AFP)
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O funeral do papa Francisco acontecerá no sábado (26), mas os fiéis poderão dar seu último adeus ao primeiro pontífice latino-americano a partir de quarta-feira na basílica de São Pedro, anunciou o Vaticano nesta terça-feira. A missa fúnebre será celebrada às 10h00 (5h00 de Brasília) na praça vaticana de São Pedro, localizada diante da basílica de mesmo nome e onde o jesuíta argentino fez sua última aparição pública no Domingo de Páscoa.

O caixão com o corpo de Francisco permanece no momento na capela da residência de Santa Marta, onde ele faleceu na segunda-feira aos 88 anos, vítima de um AVC quase um mês depois de receber alta de uma longa hospitalização por problemas respiratórios.

O Vaticano publicou nesta terça-feira as primeiras imagens oficiais do corpo de Jorge Mario Bergoglio dentro de seu caixão, vestido com uma casula vermelha e mitra branca, segurando um rosário entre as mãos, enquanto dois guardas suíços o escoltam.

Veja as imagens:

Velório do papa Francisco

Segundo a imprensa italiana, meio milhão de fiéis são esperados para o funeral, assim como chefes de Estado e monarcas de todo o mundo.

O presidente americano, Donald Trump, confirmou sua presença, assim como seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e o ucraniano, Volodimir Zelensky.

"Estamos ansiosos para estarmos lá!", afirmou Trump na segunda-feira, que será acompanhado por sua esposa Melania.

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Ao contrário de seus antecessores imediatos, Francisco escolheu a basílica de Santa Maria Maggiore de Roma como local de sepulcro, com uma lápide "simples", com apenas uma palavra: "Franciscus", seu nome de papa em latim.

Antes do sepultamento no sábado, os fiéis poderão contemplar seu caixão de madeira e zinco na basílica vaticana de São Pedro, para onde será levado na quarta-feira às 9h00 (4h00 de Brasília).

Apesar do estado de saúde frágil desde sua hospitalização em 14 de fevereiro para tratar uma bronquite que avançou para pneumonia bilateral, a morte de Francisco quase um mês após a alta pegou a Igreja Católica de surpresa.

Na manhã de terça-feira, centenas de jornalistas de todo o mundo começaram a chegar ao Vaticano, onde a polícia controla o acesso de turistas e fiéis à Praça de São Pedro.

"O papa dos últimos" 

A morte ativou a contagem regressiva para a escolha de seu sucessor. O conclave para eleger o novo sumo pontífice deve começar em um prazo de 15 a 20 dias. Mais de dois terços dos 135 cardeais eleitores foram nomeados por Francisco.

Antes da eleição, as homenagens prosseguem em todo o mundo para o papa "revolucionário", segundo o jornal britânico The Guardian, que se dedicou sem descanso à defesa dos migrantes, do meio ambiente e da justiça social, com um estilo austero e humilde.

"Obrigado por tornar o mundo um lugar melhor. Vamos sentir sua falta", escreveu em sua conta no Instagram o astro do futebol argentino Lionel Messi, sobre seu compatriota, um fã do esporte mais popular do planeta e membro honorário do clube San Lorenzo.

"O papa dos últimos", afirma a imprensa italiana nesta terça-feira, em referência à dedicação de Francisco aos mais desfavorecidos e ao trecho da Bíblia que afirma que "os últimos serão os primeiros no reino dos céus".

"Ele nos encorajou muito, os migrantes, porque dava palavras de incentivo a todos nós que deixamos nossos países", declarou à AFP Marisela Guerrero, uma venezuelana de 45 anos que migrou para o Chile há alguns meses.

Embora durante seu pontificado, iniciado em março de 2013, não tenha questionado posições conservadoras da Igreja em temas como o aborto ou o celibato dos padres, seu estilo próximo ofuscou a oposição conservadora por sua suposta falta de ortodoxia.

Além do fervor popular, o ex-arcebispo de Buenos Aires deixa um legado marcado pela luta contra a pedofilia na Igreja, o estímulo ao papel das mulheres e leigos e por advogar pelo diálogo entre religiões, entre outros.

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