Último desejo de uma avó era ter um pênis ereto no túmulo; entenda
Monumento de 1,5 metro e mais de 300 quilos foi inaugurado com banda de música
A mexicana Catarina Orduña Pérez, de 99 anos, tinha um último desejo: uma estátua gigante de um pênis em cima do túmulo. Ela morreu em 2021, mas somente no dia 23 de julho deste ano a família realizou o último desejo da matriarca. As imagens do túmulo viralizaram nas redes sociais. As informações são da Vice World News.
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A família conta que o monumento completo - um pênis de 1,5 metro montado no túmulo dela, em um cemitério no México - é o "reconhecimento ao seu amor e alegria pela vida".
“Ela queria quebrar o paradigma de tudo que era tipicamente mexicano, em que as coisas às vezes ficam escondidas por falta de uma mente aberta”, disse o neto Álvaro Mota Limón à Vice World News em uma entrevista. “Ela sempre foi muito vanguardista, muito progressista sobre as coisas.”
Doña Cata, como era carinhosamente conhecida na pequena cidade de Misantla, no estado oriental de Veracruz, tinha uma afinidade particular por pênis e pelo que ela acreditava que o órgão representa.
“Ela sempre disse, no sentido mexicano, que éramos ‘vergas’”, disse Mota Limón. Trata-se de uma gíria que tanto pode ter um sentido negativo como positivo. Ela usava no sentido positivo, dizendo que sua família, segundo o neto, é de pessoas de força moral, com “integridade, coragem, paixão e, ao mesmo tempo, amor e alegria”, disse o neto.
Mota Limón lembrou como a avó “enxergava a vida com muito otimismo e que os problemas não deveriam nos sobrecarregar”. Ela conceituou essa ideia para a família com a metáfora de um pênis, significando que “não se deve desistir. Quando surgiam problemas, você precisava enfrentá-los”.
O desejo do pênis no túmulo não foi algo em cima da hora, ela falou por anos sobre isso, mas a família e os amigos achavam que ela estava brincando. Mas não, pouco antes de morrer ela lembrou que queria o “verga” sobre o túmulo. Após a morte de Doña Cata, em 20 de janeiro de 2021, a família se reuniu e decidiu realizar o sonho dela”.
A escultura
Mota Limón ligou para um engenheiro local na cidade, que fabrica produtos de plástico, como caixas d'água e brinquedos infantis, e perguntou se ele encarava a tarefa.
“No começo, pensei que fosse uma piada”, disse Isidro Lavoignet, o engenheiro por trás da estátua. “Afinal, não é muito comum ver este tipo de esculturas ou monumentos, e muito menos na memória de quem morreu.”
Convencido de que a encomenda era séria, Lavoignet começou a trabalhar. Levou quase um mês com uma equipe de 12 pessoas, incluindo um carpinteiro, uma lixadeira, um escultor e um escultor, para construir a obra. Um dos principais desafios foram os testículos, que na primeira tentativa ficaram estranhos.
Reação da sociedade
Imagens do túmulo fálico viralizaram depois de que ele foi revelado em 23 de julho. O bafafá da mídia local em torno da estátua também levou a alguns novos pedidos interessantes para os negócios de Lavoignet. Recentemente, ele foi desafiado a construir uma lápide em forma de caminhão basculante pela família de uma pessoa falecida que trabalhou anos na indústria da construção.
Mas nem todos estão felizes com a estátua de pênis na cidade de Misantla, reconhece Mota Limón. “De cada 10 pessoas, acho que cerca de sete veem (a estátua) positivamente, e se não veem isso como uma coisa boa, pelo menos respeitam (os desejos de Dona Cata)”, disse ele. “Há outros, que em seus valores conservadores, são muito fechados, muito quadrados, que veem isso como um mal.”
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