Transplante de rim de porco em humano é realizado com sucesso nos EUA
Procedimento foi realizado pela primeira vez na história
Pela primeira vez, cirurgiões dos Estados Unidos fizeram um transplante de rim de porco para um ser humano. O órgão era geneticamente modificado e funcionou normalmente no corpo do paciente, segundo o New York Times. As informações são do portal UOL.
O procedimento foi relatado pela primeira vez pelo USA Today, na última terça-feira (19), e envolveu o uso de genes de porco modificados para que uma molécula, conhecida por desencadear rejeição quase imediata, não estivesse nos tecidos do órgão transplantado. A receptora foi uma paciente com morte cerebral e sinais de disfunção renal. A família consentiu com o procedimento antes que a paciente fosse retirada do suporte vital.
O novo rim foi anexado aos vasos sanguíneos e mantido fora do corpo da receptora para que os pesquisadores tivessem acesso a ele. Os resultados dos testes da função do órgão "pareciam bastante normais", de acordo com o cirurgião de transplante Dr. Robert Montgomery, que liderou o estudo.
“O rim produziu a quantidade de urina que você esperaria de um rim humano transplantado e não havia evidências da rejeição precoce. O nível anormal de creatinina do receptor - um indicador de função renal deficiente - voltou ao normal após o transplante” disse Montgomery.
A pesquisa ainda não foi publicada em uma revista médica e nem revisada por outros pesquisadores. Sendo assim, ainda há muitas questões sobre as consequências a longo prazo do procedimento, mas especialistas afirmaram que a cirurgia representou um marco. "Precisamos saber mais sobre a longevidade do órgão. Este é um grande avanço", disse ao New York Times o Dr. Dorry Segev, professor de cirurgia de transplante da Escola de Medicina Johns Hopkins, que não esteve envolvido na pesquisa.
O porco geneticamente modificado, chamado de GalSafe, foi desenvolvido pela Revivicor da United Therapeutics Corp (UTHR.O). Em dezembro de 2020, ele foi aprovado para uso como alimento para pessoas com alergia à carne e como uma fonte potencial de terapêutica humana pela Food and Drug Administration dos EUA.
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