Supertelescópio James Webb flagra novas imagens de 'galáxia fantasma'
Em julho, os mistérios da galáxia em espiral já haviam sido divulgados por um astrônomo espanhol
Na manhã desta segunda-feira (29), a ESA - a agência espacial europeia - divulgou imagens do telescópio espacial internacional James Webb que capturou novas fotos de uma galáxia curiosa, a Messier 74, também conhecida como NGC 628 ou "galáxia fantasma". As informações são do G1 Nacional.
Em julho, os mistérios da galáxia em espiral já haviam sido divulgados por um astrônomo espanhol, mas desta vez, o enorme sistema estelar foi visto pelo Webb com uma riqueza ainda maior de detalhes.
O apelido “galáxia fantasma" foi dado por causa do fato de que o sistema é bastante difícil de ser observado sem um equipamento profissional.
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Desta vez, duas novas imagens foram reveladas: uma feita apenas com instrumentos do supertelescópio e uma composição de dados tanto do Webb como do "primo mais velho", o telescópio Hubble, que mostra a galáxia perfeitamente simétrica a 32 milhões de anos-luz de distância da Terra
De acordo com a ESA, justamente por causa dessas características peculiares, como os braços espirais bem definidos, a galáxia é um alvo favorito para os astrônomos que estudam a origem e a estrutura dessas formações galácticas. "A visão nítida do Webb revelou delicados filamentos de gás e poeira nos grandiosos braços espirais da M74, que se estendem para fora do centro da imagem", afirmou a agência.
A ESA explica ainda que, ao combinar dados de telescópios, os cientistas podem obter mais informações e detalhes nunca antes vistos sobre objetos astronômicos, aumentando o poder de observação de até mesmo um supertelescópio como o Webb.
Como a M74 é perfeitamente simétrica, estrelas, gases e toda a poeira que a formam estão alinhados em braços espirais que se espalham para fora desse sistema.
Gabriel Brammer, astrônomo da Universidade de Copenhague, na Dinamarca que divulgou o primeiro flagra da galáxia fantasma com o Webb, explicou que se pudéssemos observar a nossa própria Via Láctea "de uma espaçonave a milhares de anos-luz da Terra", teríamos uma visão semelhante.
(Luciana Carvalho, estagiária sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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