Reunião com cardeais do mundo todo no Vaticano pode tratar sobre renúncia de Papa Francisco

O evento, que é o maior do tipo desde que Mario Bergoglio assumiu, está sendo visto pela imprensa mundial como uma medida de sucessão ao argentino

O Liberal
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O Papa Francisco pode renunciar ao cargo. Ele se reuniu com cerca de 300 cardeais de várias nacionalidades nesta terça-feira (30), no Vaticano, a portas fechadas. O evento, que é o maior do tipo desde que Mario Bergoglio assumiu, está sendo visto pela imprensa mundial como uma medida de sucessão ao argentino. Com informações do G1.

image Papa Francisco prepara sucessão com a posse de 20 novos cardeais
Relação inclui nomes do Brasil, Paraguai, Índia, Singapura, Mongólia e Timor Leste

image Primeiro cardeal da Amazônia é empossado pelo Papa Francisco neste sábado
Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, passa a integrar o Colégio de Cardeais que tem entre suas atribuições a escolha do sucessor do Papa Francisco

A reunião foi convocada durante a última semana. De acordo com o Vaticano, o evento visa debater e aprofundar a Constituição Apostólica implementada em 5 de junho. Mas as especulações sobre a renúncia surgiram por conta do estado de saúde do papa, que passou por uma cirurgia no cólon em 2021.

O pontífice também está sofrendo com dores no joelho direito, que o obrigam a usar uma cadeira de rodas. Diante disso, Francisco não descartou a possibilidade de renunciar por conta das dificuldades de saúde, como admitiu no fim de julho aos jornalistas que acompanharam sua viagem ao Canadá.

"Mudar de papa não seria uma catástrofe. Não pensei nesta possibilidade, mas isto não quer dizer que depois de amanhã não vou pensar. A porta está aberta", declarou, na ocasião. As especulações sobre a renúncia aumentaram depois de um evento que ocorreu no sábado (27), na Basílica de São Pedro, quando o papa empossou 20 novos cardeais, entre eles 16 com idade para votar em um possível conclave.

Brasileiros na lista

Na lista de candidatos ao cargo mais alto da Igreja Católica estão os nomes de dois brasileiros: Dom Leonardo Steiner e Dom Paulo Cezar Costa. Anunciado pelo Papa Francisco como novo cardeal da Igreja Católica em maio deste ano, o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, é o primeiro cardeal da Amazônia brasileira.

Ele tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020, e assumiu o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2013. Até então, Steiner atuava como chefe da igreja local e como bispo auxiliar de Brasília. Ele é o primeiro cardeal da região amazônica e já foi duas vezes secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dom Paulo Cezar Costa, da Arquidiocese de Brasília, foi alçado ao cargo de cardeal na mesma data de Leonardo Steiner. Antes disso foi Arcebispo de Brasília entre dezembro de 2020 até maio deste ano. Em 2010, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como Bispo-Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Em junho de 2011, teve seu nome divulgado como membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB. Na realização da Jornada Mundial da Juventude, em 2013, Dom Paulo Cezar Costa atuou como Diretor Administrativo. Em 2016, foi nomeado 7º bispo da Diocese de São Carlos pelo Papa Francisco. Posteriormente, foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de Brasília, em 2020.

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