Primeiro-ministro de Israel envia carta para Bolsonaro com críticas ao atual governo brasileiro

Desde o início dos ataques de Israel, mais de 30 mil pessoas já morreram, a maioria mulheres e crianças

O Liberal

Em meio aos ataques em massa de Israel em Gaza, onde já morreram quase 30 mil pessoas desde o início do contra-ataque das forças israelenses, o primeiro-ministro do País, Benjamin Netanyahu, decidiu enviar uma carta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, fazendo críticas indiretas ao presidente Lula, que em declarações recentes classificou como um “genocídio” a ofensiva contra os palestinos.

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Na carta ao ex-presidente, Benjamin convida-o a visitar o país. No documento, Netanyahu fez críticas indiretas ao presidente Lula por suas declarações sobre as operações do exército israelense em Gaza, sem mencionar seu nome explicitamente. 

Netanyahu destacou na carta a solidariedade de Bolsonaro a Israel durante um comício em São Paulo, onde o presidente brasileiro agitou orgulhosamente a bandeira israelense. O convite para a visita é visto como um gesto de fortalecimento das relações entre o Estado de Israel e a extrema direita brasileira que defende os ataques. 

“Ainda ontem (25), você demonstrou sua solidariedade ao povo e ao Estado de Israel, agitando orgulhosamente a bandeira israelense num comício em São Paulo. Esta foi uma rejeição clara e moralmente sólida às acusações ultrajantes de seu sucessor contra as operações das FDI (Forças de Defesa de Israel) em Gaza”, escreveu o primeiro-ministro.

O documento foi enviado pelo primeiro-ministro israelense em inglês e está datado do dia 26 de fevereiro, um dia após Bolsonaro participar do ato na Avenida Paulista. No evento, o ex-presidente subiu no trio elétrico segurando uma bandeira de Israel.

Na carta, Netanyahu afirma ainda que a relação entre Brasil e Israel atingiu “novos patamares” no governo Bolsonaro. “Sua amizade é ainda mais importante em tempos de crise e de guerra e, portanto, convido você e sua família a visitar Israel para demonstrar sua solidariedade ao povo de Israel”, escreveu.

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